Na última quinta-feira, servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do RS (Ifrs) participaram de ato unificado com outros servidores federais em Porto Alegre. Eles fizeram o fechamento da avenida Padre Cacique, em frente ao estádio Beira-Rio, e depois seguiram em caminhada até o prédio da Receita Federal, na Avenida Loureiro da Silva.
Cerca de dois mil manifestantes participaram da passeata, que denunciavam a falta de investimento do governo federal em políticas públicas como saúde e educação, enquanto recursos para Copa e Olimpíadas recebem investimentos de mais de R$ 70 bilhões.
À tarde, houve reunião no campus do Ifrs em Porto Alegre com os comandos de greve de todas as unidades do Estado para tratar das pautas locais de reivindicações, como precarização das condições de trabalho, assédio moral por parte de chefias e análise da pauta nacional de greve. Dentre as deliberações dos servidores, foi postulada a possibilidade de representação junto ao Ministério Público Federal, para denunciar possíveis irregularidades, como malversação de dinheiro público em obras inacabadas da instituição.
Das 12 unidades do Ifrs, 11 permanecem em greve (Bento Gonçalves, Canoas, Caxias do Sul, Erechim, Farroupilha, Feliz, Osório, Porto Alegre, Restinga, Rio Grande e Sertão), além da reitoria, sem previsão de término. Os servidores reivindicam a reestruturação das carreiras, reposição salarial, fixação de uma data-base e investimento de 10% do PIB em educação pública.
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