Ifrs: processo sobre suposta fraude está em Bento

O processo que investiga uma suposta fraude no último concurso do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (Ifrs) já está no Ministério Público Federal (MPF) de Bento Gonçalves. A denúncia de uma possível irregularidade nas provas para contratação de novos docentes, realizadas no final de 2013, foi apresentada em Canoas, cidade de origem do candidato, que fez o exame em Bento, onde também está instalada a reitoria da instituição. 

A Procuradoria da República abriu um procedimento preparatório para analisar o caso, divulgado pelo SERRANOSSA em 31 de janeiro. Na ocasião, a reitoria do Ifrs emitiu uma nota oficial garantindo que “não recebeu qualquer registro administrativo nem recursos do candidato questionando o concurso”. O texto destaca ainda que “notificado pelo Ministério Público, o Ifrs está atendendo ao pedido do órgão e reunindo a documentação”.

Nesta semana, mais um candidato levantou suspeitas sobre procedimentos adotados na realização do concurso. Conforme o relato do participante da disputa, que pediu para não ser identificado e fez a prova em Erechim, “não foram divulgados os nomes da banca da prova didática antes da realização da mesma, ou seja, não havia forma de contestar a banca se houvesse alguma relação de membros dela com candidatos”.


Entenda o caso

O exame para a disciplina de Conformação Mecânica, que originou a denúncia encaminhada ao MPF, foi realizado em Bento dia 15 de dezembro de 2013. Segundo o relato do denunciante de Canoas, antes do início da prova um dos participantes estava em sala sem o caderno de questões e a folha de respostas, fato que também teria sido percebido pelos demais candidatos. O fiscal da sala e o coordenador do concurso, teriam feito a entrega do material. No final, o gabarito dele não teria sido incluído com os demais no envelope lacrado.

A listagem dos classificados na primeira fase foi publicada em 6 de janeiro deste ano. O candidato que fez a denúncia afirma que o nome que aparece ocupando o primeiro lugar na divulgação do resultado da disputa por uma das vagas é exatamente o da pessoa que estaria em sala inicialmente sem o material e cuja folha de respostas não teria sido lacrada com as demais. No dia 10, a denúncia foi formalizada.

Ainda segundo o relato, ele já seria professor substituto do Ifrs e não teria o nome na lista das inscrições homologadas. Em uma pesquisa no site do instituto, a reportagem verificou que o nome apresentado como sendo o do candidato envolvido na denúncia realmente não figurava em nenhuma das relações de inscritos ou ausentes, mas aparecia, de fato, em primeiro lugar na classificação.

Reportagem: Jorge Bronzato Jr.


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