IFRS: Suspensão das atividades presenciais é mantida por tempo indeterminado

Nessa terça-feira, 23/06, o Conselho Superior (Consup) do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) realizou uma reunião para decidir o futuro das atividades em meio à pandemia do novo Coronavírus. Na ocasião, foi acordada a construção de uma proposta de regulamento para atividades acadêmicas não presenciais e, ainda, a manutenção da suspensão das atividades presenciais por prazo indeterminado. Até o momento, apenas as atividades administrativas seguem sendo realizadas de forma remota. 

Sobre a instauração das aulas online, o Grupo de Trabalho (GT) Retomada do Calendário Acadêmico no IFRS ficou encarregado de buscar observações e propostas em cada uma das unidades do instituto, em um prazo de 15 dias. Em seguida, o GT – composto por representantes de diferentes unidades e segmentos, incluindo os estudantes – irá compilar e organizar o material, com prazo de mais 15 dias. O resultado desse trabalho será apresentado para apreciação em nova reunião do Consup. 

As atividades presenciais no IFRS estão suspensas desde o dia 16/03.


 

MEC autoriza aulas remotas até o final do ano

No dia 17/06, o Ministério da Educação (MEC) autorizou, por meio da portaria nº 544,  a substituição das atividades presenciais por aulas a distância em instituições federais de ensino superior até 31 de dezembro de 2020. O documento, motivado pelas medidas de contenção à pandemia de COVID-19, também flexibiliza os estágios e as práticas em laboratório, que podem ser feitas à distância nesse período, exceto nos cursos da área da saúde. 

Em março, o MEC já havia publicado a primeira portaria que trata sobre o tema com validade de 30 dias. Essa já é a terceira vez que o prazo é prorrogado. Porém, dessa vez, a autorização para aulas on-line é estendida até o final de 2020. 

Estudantes do IFRS contestam 

A União dos Estudantes do IFRS lançou um manifesto online se mostrando contrária à retomada do ensino de forma remota. O grupo argumenta que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 19% da população sulista não possui acesso à internet. “Ainda, o diagnóstico discente revela que em algumas turmas do IFRS a porcentagem de estudantes que não possui acesso a computador e internet chega a 80%. Esta peculiaridade nos mostra que, neste momento, o ensino remoto não atenderia aos estudantes”, afirmam os estudantes no manifesto. 

Dessa forma, os estudantes acreditam que a prorrogação da suspensão das atividades de forma geral, até o final da pandemia, seja a forma mais adequada de promover um ensino de qualidade e equidade a todos. “Não descartamos o uso de atividades remotas, entretanto a utilização desta ferramenta deve se dar em um cenário de retorno seguro, quando superarmos a pandemia, contando com o auxílio de dispositivos e espaços da nossa instituição”, reiteram. 

Foto: Divulgação
 

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