IGP aplica nova técnica para remoção de corpos

Peritas do IGP aplicaram, pela primeira vez em um local de crime no Estado, uma técnica especial no momento da remoção de uma ossada. O caso foi registrado em dezembro. Durante mais de três horas, as Peritas Ana Carolina Albert e Renata Duarte retiraram a terra por camadas, para ir revelando os restos mortais sem alterar a posição dos mesmos. Também utilizaram pincéis e outros materiais plásticos para não danificar as estruturas ósseas. Uma peneira foi usada para não deixar escapar pequenos fragmentos ósseos – como falanges – e dentes. O objetivo era preservar o material, encontrado na região metropolitana de Porto Alegre. Esses cuidados permitem obter mais informações sobre como se deu o óbito e como o cadáver foi depositado.

 


Foto: Ascom/IGP

 

O Protocolo utilizado permite ainda recuperar vestes e outros objetos que não tenham se decomposto, o que não é possível quando são utilizados objetos maiores para remoção. A Perita Criminal Rosane Baldasso, doutoranda em Odontologia Legal, orientou as colegas do Departamento de Criminalística que atenderam o caso. Segundo ela, esse tipo de coleta facilita o desenvolvimento do trabalho da Seção de Antropologia Forense do Departamento Médico Legal, que tem por objetivo estimar o perfil bioantropológico da vítima (sexo, idade, altura e ancestralidade).

A utilização desse protocolo é preconizado pela Antropologia Legal no mundo todo. Países como Portugal e Espanha e alguns Estados brasileiros já adotam essa rotina. A intenção é que ele faça parte da rotina do IGP/RS, como forma de buscar a excelência no atendimento.