Imunizado aos 101 anos, Cândido Ranzi renova as esperanças

101 anos e uma história marcada por muito trabalho e lindas batalhas. Seu Cândido Ranzi foi um dos primeiros idosos fora de casas de repouso a receber a vacina em Bento Gonçalves. A primeira dose do imunizante foi aplicada no sábado, 13/02, na Fundaparque, onde chegou acompanhado de seu filho, Enio Ranzi. Sempre cuidadoso com a alimentação e com a qualidade de vida, seu Cândido sequer evidencia os mais de 100 anos. 


 

Mas sua história vai muito além de práticas saudáveis. Seu Cândido faz parte de uma das primeiras famílias de imigrantes italianos que chegaram a Bento Gonçalves, em 1875. “O primeiro foi seu avô, Girolamo Ranzi, que chegou junto com as famílias Copat e De Gasperi. O que contam é que as três famílias se abrigaram em uma casa de bambu”, conta o neto Marco Antônio Ranzi.

Desde então, os parreirais foram a fonte de renda da família Ranzi, tradição que foi cultivada por seu Cândido até os 85 anos. “Eles sempre cultivaram parreiras no lote 2 do Santo Antão, onde moramos até os dias de hoje”, revela. 


 

Vivendo com dedicação, bondade e amor, seu Cândido é visto como um pai, avô e bisavô exemplar. São sete filhos – Enio Antônio Ranzi, Sergio Inácio Ranzi, João Baptista Ranzi, Jaime Ranzi (em memória), Juarez Ranzi, Ana Maria Ranzi Gelatti e Luciana Ranzi De Paris –, 13 netos e oito bisnetos, a maioria residente do bairro Santo Antão. Com uma família tão grande e próxima, foi difícil controlar as visitas durante a pandemia, mas todos os cuidados foram seguidos à risca para garantir sua saúde. “Meu avô sofreu bastante com a morte da minha avó, Lourdes Maria Meneguzzi Ranzi. Mas ele cuidou dela e se manteve forte. Por mais que ele sempre tenha sido saudável, essa vacina é uma segurança a mais, até porque a gente não conhece o vírus. Então ficamos muito felizes e aliviados”, declara o neto. 

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