Indígenas podem ter espaço para acampar na cidade
Em épocas como Natal e Páscoa, é comum a presença de indígenas em Bento Gonçalves vendendo artesanato pelas ruas do município ou pedindo esmola em locais onde há semáforos. Costumeiramente, eles acampam junto à entrada principal da cidade, ao lado da Pipa Pórtico, ou na Estação Rodoviária. A prefeitura pretende mudar essa situação oferecendo outro espaço para a estada deles, com disponibilização de banheiros e água. A proposta está ainda em fase de criação e deve incluir ações para evitar que as crianças indígenas passem por situações de vulnerabilidade.
“Não é problema a vinda deles à cidade, até porque não podemos proibir ninguém de ir e vir. Temos é que ajustar algumas coisas, como o espaço onde eles ficam”, explica o secretário Roberto Locatelli. Segundo ele, os indígenas permaneceram em Bento até o início deste ano. Apesar de terem ido embora, nem tudo foi levado junto: uma grande quantidade de lixo permaneceu no local, às margens da RSC-470. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smmam) efetuou a limpeza. “Nosso objetivo, em outro momento, é oportunizar um espaço para que eles possam vender o artesanato, mas antes queremos encontrar uma forma de realizar uma acolhida com mais dignidade quando estiverem na cidade”, finaliza.
Na tarde desta quinta-feira, dia 26, uma reunião foi realizada com a participação do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e da Procuradoria-Geral da República de Bento Gonçalves. O secretário Locatelli confirmou a manutenção da proposta, mas informou que, a pedido do procurador Alexandre Schneider, detalhes do processo deverão ser mantidos em sigilo a partir de agora. O procurador não foi encontrado até o fechamento desta edição para falar sobre o assunto.
Katiane Beal Cardoso
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