Inicia julgamento de acusado de morte no Pradel

Iniciou o julgamento de Valtair Padilha Cavalheiro, 54 anos, autor dos disparos e facadas que mataram Algacir Antônio da Silva Borges, então com 50 anos, em 28 de junho de 2011. O crime aconteceu no interior de uma cabanha (local de criação de cavalos), no bairro Pradel. O réu está sendo acusado de homicídio qualificado. O júri é composto por três homens e quatro mulheres. 

Cavalheiro e a vítima trabalhavam juntos no local há alguns anos e, em outras oportunidades, haviam se desentendido e não mantinham um bom relacionamento. No dia do crime, Borges estava acompanhado do filho, na época com nove anos de idade, que presenciou o fato. De acordo com o depoimento do garoto, o acusado se aproximou, já com a arma em punho, e teria falado apenas “agora tu vai ver”. Na sequência, começou a atirar. A vítima ainda teria tentado chamar a atenção do réu para a presença do filho no local, porém, sem sucesso. Mesmo com a vítima já ferida e caída, Cavalheiro sacou sua faca e atingiu Borges pelas costas.

O réu alegou legítima defesa e informou que, no dia do fato, ele e a vítima discutiram em razão de um galpão que havia sido desmanchado. Borges estaria com uma foice na mão – o filho da vítima informou que o equipamento estava em seu poder, após eles cortarem o pasto para os animais –, e o teria ameaçado, momento em que Cavalheiro sacou o revólver e atirou uma vez. Depois de cometer o crime, o réu fugiu para Farroupilha, por medo de represálias, e se apresentou na Delegacia de Polícia passados dois dias, onde entregou o revólver calibre 38 utilizado por ele. Cavalheiro alegou ter jogado fora a faca.

O acusado afirmou, ainda, que não tinha intenção de matar a vítima, tendo agido apenas em legítima defesa, e que as desavenças entre eles aconteciam há cerca de dois anos, uma vez que Borges fazia fofocas a seu respeito e implicava com ele, prejudicando-o no local de trabalho.

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