Inicia regulamentação da profissão de motoboy
Quase quatro anos após a criação da lei federal que regulamenta a profissão de motoboy no país, Bento Gonçalves aprovou nesta semana a legislação local para regularizar o serviço. A próxima medida será o cadastramento dos motofretistas que atuam na cidade junto à secretaria de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana.
O número de pessoas que realizam transporte de mercadorias no município é incerto. “Até agora, não tínhamos nenhum tipo de controle, mas vamos estabelecer um prazo, talvez até o fim do ano, para que eles se cadastrem. No começo, considerando que eles precisam se organizar e que nós temos que oferecer o atendimento adequado, será necessário usar o bom senso”, explica o secretário Mauro Moro. Para se manter em atividade, os motociclistas deverão ter, inclusive, alvará registrado junto à prefeitura.
Curso em espera
Desde 2010, o Sest/Senat, órgão credenciado para a realização dos cursos de motofretista, já capacitou seis turmas de motociclistas para exercer a função. No total, 107 pessoas participaram da qualificação em Bento. A última foi em setembro de 2012.
Desde então, a procura diminuiu. Mesmo assim, o Sest/Senat mantém lista de espera para tentar formar um novo grupo de, no mínimo, 15 pessoas. O curso tem previsão de 30 horas-aula, divididas em três módulos. O último, de cinco horas, é voltado à prática para o transporte de cargas. O investimento é de R$ 140 para turmas em horário comercial e R$ 225 para aulas em horários diferenciados, como à noite ou aos finais de semana.
Em dia com a lei
Entregador de um açougue da cidade, Igor Meires, de 25 anos, já transita pelas ruas de Bento com todos os equipamentos exigidos pela lei federal, mesmo antes da implantação da legislação no município. A motocicleta é da empresa, que também pagou a qualificação do funcionário, no mês passado. Sem turmas abertas por aqui, ele teve que ir a Caxias do Sul, mas garante que a oportunidade valeu a pena. “Se depois eu quiser regulamentar a minha moto para trabalhar, vai ser mais fácil, porque já tenho o curso”, afirma.
Reportagem: Jorge Bronzato Jr.
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