Iniciada campanha de redução de sacolas plásticas

Enquanto as sacolas plásticas voltam a ser distribuídas, após decisão judicial, pelos supermercados de São Paulo, o varejo gaúcho busca a construção coletiva de uma solução que não prejudique os consumidores e que diminua os danos ao meio ambiente. Nesta segunda, 2, a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Ministério Público do Estado e a Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS) assinaram termo de cooperação que deflagra a campanha educativa “Sacola bem utilizada ajuda o meio ambiente”. Com a iniciativa, uma série de ações voltadas ao uso consciente e à redução do consumo das sacolas plásticas projeta poupar 300 milhões de unidades, em seis meses, no varejo gaúcho. 

A decisão de não eliminar imediatamente as sacolas do comércio foi construída a partir de debates, seminários, pesquisas e reuniões promovidos pelas entidades realizadoras da campanha nos últimos dois anos. “Em 2011, uma pesquisa do Instituto Segmento apontou que 81% dos gaúchos eram contrários ao fim imediato das sacolas plásticas. Este posicionamento foi endossado pelo Movimento das Donas de Casa do RS e por diversos estudos de opinião levantados neste período, e por isso propusemos esta diminuição gradativa no uso deste material”, destaca o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo. Mesmo reconhecendo como válida a intenção da Associação Paulista de Supermercados (Apas) ao eliminar as sacolas plásticas do varejo paulista, Longo afirma que, se o Rio Grande do Sul adotasse a mesma medida, cada família gaúcha seria onerada, em média, em R$ 15 mensais para a aquisição de sacos plásticos de lixo. “Na prática, estaríamos somente transferindo a conta para o consumidor e trocando a cor do saco de lixo, de branco para azul ou preto, sem qualquer benefício ao meio ambiente”, opina o empresário.

Com a iniciativa, os supermercados e o comércio gaúcho deverão estampar, a partir do final do mês, o selo educativo “Sacola bem utilizada ajuda o meio ambiente” em todas as embalagens plásticas distribuídas. Além disso, caberá aos cooperantes a divulgação, a conscientização e o treinamento dos associados e filiados. A Agas, por exemplo, desenvolverá cursos para empacotadores na Capital e no Interior, com visitas de sua escola móvel.

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