Iniciam os estudos do Plano Municipal de Redução de Riscos em Bento Gonçalves

Objetivo é analisar as áreas da cidade e criar projetos que ajudem a evitar deslizamentos de terra

Iniciam os estudos do Plano Municipal de Redução de Riscos em Bento Gonçalves
Fotos: Rodrigo De Marco

Bento Gonçalves foi um dos dez municípios brasileiros a ser contemplado com o projeto para implementação do Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR). O trabalho será realizado por etapas, visando fazer o mapeamento de áreas urbanas e rurais que possam representar riscos médio, alto ou muito alto de deslizamento ou que possam estar suscetíveis às inundações. Em maio, a cidade foi afetada por cerca de 300 deslizamentos nos distritos de Faria Lemos e Tuiuty, além de problemas ocasionados pela forte chuva na cidade, com rompimentos de tubulações, queda de barreiras e deslizamentos em residências.

Na terça-feira, 29/10, iniciou-se uma nova fase do projeto, em que a prefeitura, juntamente com uma equipe de quatro geólogos do Serviço Geológico do Brasil (SGB), iniciou o trabalho de campo, com visitas em localidades rurais. As ações tiveram foco em vistorias em Faria Lemos. Ao longo das próximas duas semanas, a equipe de geólogos percorrerá todos os distritos e também a área urbana para vistorias. A partir disso, será feita uma primeira impressão da situação do solo de cada localidade.

“Vamos estar aqui atualizando, remapeando e aumentando os setores identificados como risco geológico e hidrológico dos graus muito alto, alto e médio, incluindo possíveis deslizamentos, queda de blocos e enxurradas, fazendo, desta forma, a delimitação desses setores. Após essa etapa, produziremos pranchas, ou seja, o mapa de cada setor analisado e posteriormente criaremos os relatórios e arquivos vetoriais para o programa”, disse o geólogo Anselmo de Carvalho Pedrasi.

Iniciam os estudos do Plano Municipal de Redução de Riscos em Bento Gonçalves

Após a identificação das áreas, conforme explicado pelo geólogo, uma equipe do Instituto de Pesquisa Tecnológica de São Paulo virá ao município para criar projetos de obras estruturais e não estruturais que poderão ser implantadas. A previsão é que as etapas de campo sejam concluídas até maio de 2025, e que até o final do mesmo ano os resultados finais sejam apresentados.

O geólogo responsável pelo Núcleo de Riscos Geológicos (NRG), Lucas Barbosa, acompanhará todos os processos do programa. “A partir da próxima semana, serão aprofundados os levantamentos de cada bairro e distrito. O primeiro grupo fica por 15 dias em Bento, e em janeiro vem outro grupo para dar andamento nas ações. Esse é um trabalho importante porque temos o mapeamento de risco, mas não temos ainda o Plano Municipal de Redução de Risco, que é importante para definir as obras prioritárias do PAC, que compreende o Ministério das Cidades (Mcid), e desta forma angariar os trabalhos de recuperação”, pontuou.

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