No último dia 24, foram realizadas as três primeiras cirurgias de catarata em pacientes bento-gonçalvenses pelo Instituto de Oftalmologia. A previsão é de que, a partir de abril, sejam executados 20 procedimentos por mês através do Sistema Único de Saúde (SUS), além dos procedimentos por convênios e particulares.
Olímpio Somenzi, 56 anos, morador do bairro São Roque, realizou a operação de uma catarata avançada no olho esquerdo há 15 dias e já está enxergando perfeitamente. Na avaliação dele, o tratamento e a cirurgia não poderiam ter sido melhores. “Fiz uma consulta, em dezembro do ano passado, em uma clínica particular e tomei conhecimento de que precisaria gastar R$ 7 mil para operar. Foi então que decidi fazer um encaminhamento através do posto de saúde e consegui ser atendido gratuitamente pelo Instituto. Só tenho a agradecer à equipe pelo ótimo atendimento antes e depois da cirurgia. Nunca havia recebido a ligação de um médico, no domingo, para saber se eu estava bem”, declara o paciente.
A doença
A catarata é uma doença caracterizada pelo embaçamento progressivo da visão. Ocorre quando o cristalino – lente natural do olho –, se torna opaco, impossibilitando a passagem de luz, diminuindo, assim, a visão e podendo levar até à cegueira.
A catarata senil é a mais comum. Surge espontaneamente pelo processo de envelhecimento, podendo se manifestar a partir dos 40 anos. Porém, após os 65 anos, a probabilidade de desenvolver a doença aumenta significativamente. A catarata congênita ocorre em decorrência de características hereditárias, manifestando-se já na infância. A catarata traumática vem como consequência de um trauma grave que compromete a integridade do cristalino, ou ainda de forma secundária – decorrente de alguma outra doença.
O diagnóstico é realizado através de exames feitos pelo médico oftalmologista. A partir dos 40 anos, as consultas devem ser periódicas, pois somente a detecção precoce poderá facilitar o tratamento, visto que não há como prevenir a doença.
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