Intoxicação alimentar: saiba como evitar

Se a gente realmente é o que a gente come, muita atenção é necessária com o que se ingere, afinal, alimentos contaminados podem causar intoxicação. E, ao que parece, o problema é frequente. Estimativas do Centro de Controle de Doenças, em Atlanta, nos Estados Unidos, sugerem que, a cada ano, cerca de um em cada seis residentes daquele país (48 milhões de pessoas) sofre intoxicação alimentar, sendo registradas 128.000 internações e 3.000 mortes por este motivo.

Alimentos inadequadamente higienizados, manipulados ou armazenados podem ser fonte de infecção por bactérias, suas toxinas, vírus e parasitas. Se você está com pressa, esta talvez seja a principal informação: higiene alimentar é fundamental em todos os processos da cadeia.

Os sintomas podem aparecer depois de algumas horas, até alguns dias ou mesmo semanas após a ingestão do alimento contaminado. Diarreia, náuseas, vômitos, dor abdominal e febre são os sintomas mais comuns. Em alguns casos, pode haver sintomas neurológicos, como no botulismo. Nos casos mais graves, o paciente pode ter com insuficiência respiratória ou renal, a depender do agente envolvido.

Nem sempre é simples estabelecer relação causal entre os sintomas e os alimentos ingeridos. Outras doenças podem causar os mesmos sintomas e, além disso, nem sempre é possível identificar qual é o alimento envolvido na intoxicação.

A lista de agentes “culpáveis” é extensa e o objetivo não é fazer ninguém olhar para seu prato predileto pensando em nomes como Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Bacillus cereus, Salmonella, Listeria monocytogentes, Campylobacter ou Diphyllobothrium – a lista é grande e os agentes diminutos.

Um estudo realizado na Universidade Estadual Paulista (UNESP – Botucatu-SP) analisou a presença de agentes microbiológicos em amostras da carne, vinagrete e pão do churrasco grego de lanchonetes do centro de São Paulo. O estudo detectou presença de bactérias patogênicas em níveis acima dos recomendados pela legislação. O estudo sugere que as condições de conservação desses alimentos são inadequadas, pois não é possível, da forma como são expostos, mantê-los sob refrigeração adequada.

Ao escolher o que e onde comer, é importante levar em conta a qualidade dos alimentos, as condições de preparo e armazenamento e a higienização adequada de quem manipula a comida, e até de quem a ingere. É importante lembrar que até a marmita feita pela mãe, em casa, se não conservada em temperatura adequada, pode causar problemas. A ordem do dia é, portanto, bom senso e higiene. Na eventualidade de isso falhar, deve-se procurar atendimento médico se houver incapacidade de se manter hidratado, seja pelos vômitos ou pela diarreia, em caso de sangue nas fezes ou sintomas persistentes. A procura do médico deve ser ainda mais precoce para crianças, idosos e pacientes portadores de outras doenças, em especial, imunossupressão.

Fonte: Sumire Sakabe

Portal Minha Vida

É proibida a reprodução, total ou parcial, do texto e de todo o conteúdo sem autorização expressa do Grupo SERRANOSSA.

Siga o SERRANOSSA!

Twitter: @SERRANOSSA

Facebook: Grupo SERRANOSSA

O SERRANOSSA não se responsabiliza pelas opiniões expressadas nos comentários publicados no portal.