Irmãos são julgados por homicídio em 2013

Notícia atualizada em 10.09.15, às 16h22

Terminou por volta das 15h20 desta quinta-feira, dia 10, o julgamento dos irmãos Uelisson de Quadro Alves e William de Quadro, por terem esfaqueado Ronaldo Gomes, então com 25 anos de idade, durante uma briga. O crime aconteceu na Estação Rodoviária da cidade, por volta das 21h do dia 8 de março de 2013. A motivação teria sido um suposto furto praticado pela vítima na residência do pai de um dos réus. Ambos foram acusados de homicídio qualificado. O Tribunal do Júri é composto por quatro homens e três mulheres, que os consideraram culpados. 

De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP), William teria discutido com Gomes horas antes e procurou ajuda do irmão para tirar satisfação com a vítima. Eles foram até a Rodoviária armados com uma faca e uma adaga. Ao se encontrarem no local, entraram em luta corporal e os irmãos se revezaram na tarefa de segurar e esfaquear Gomes. Toda a ação foi gravada pelas câmeras de segurança do estabelecimento. Diante dos fatos, o MP entendeu que o crime foi praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, pois investiram de surpresa contra ela.

Em seu depoimento, em juízo, William relatou que procurou Gomes para conversar, pois ele havia furtado a residência do seu pai e vendido alguns dos objetos. Ele ainda negou que teriam se revezado em segurar e agredir a vítima e alegou que Gomes teve como se defender da investida. O réu também contou que foi ferido no abdômen pouco antes do ocorrido, na primeira vez que teria ido conversar com a vítima.

O segundo a depor em juízo foi o réu Uelisson de Quadro Alves, que relatou ter ido à rodoviária a pedido do irmão para conversar com Gomes e que em nenhum momento eles teriam segurado a vítima para desferir as facadas. Ambos afirmaram, ainda, não lembrar onde teriam atingido Gomes, alegando não estarem cientes do que estavam fazendo, devido à revolta que sentiram ao perceberem que a vítima os encarava. Após desferirem os golpes, os irmãos fugiram em direção ao bairro Cidade Alta. A faca foi deixada no local do crime e a adaga jogada próximo ao quartel do Corpo de Bombeiros. Os acusados alegaram legítima defesa. 

William foi condenado a cinco anos e cinco meses de prisão, em regime semiaberto, e Uelisson a dez anos e dez meses, em regime fechado. Da decisão, cabe recurso. A acusação foi realizada pelo defensor público Eduardo Só dos Santos Lumertz, enquanto a defesa ficou a cargo do defensor público Rafael Carrad.

 

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