Ingrid Engelman tem 16 anos, cursa o 3º ano do Ensino Médio e vai passar 10 dias em Long Beach, no Estado da Califórnia, Estados Unidos, com outros 13 colegas. Mas em vez de shoppings e pontos turísticos, sua visita será ao ginásio de esportes. Ela é a única mulher e a integrante mais jovem da delegação do Garra Team que vai participar do Campeonato Mundial de Jiu-Jítsu, entre os dias 29 de maio e 8 de junho.
Praticante de artes marciais desde os cinco anos, ela já acumula alguns feitos na carreira: é campeã brasileira de muay thai e, na última seletiva para o campeonato Abu Dhabi Pro, em Gramado, há um mês, lutou contra um homem e venceu. “Comecei no jiu-jítsu por isso. É um esporte em que a técnica vale mais do que a força”, afirma. O Mundial será a primeira competição internacional da adolescente.
Chances de medalha
A exemplo de Ingrid, o mestre Eduardo Virissimo, que treina todos os atletas que vão ao Mundial, também confia em bons resultados de seus alunos na competição. Com experiência de quem competiu em todos os continentes, ele descreve que 80% da delegação tem condições de voltar para Bento Gonçalves com uma medalha. “Eles vão ter o que eu não tive quando lutava, que é a assistência necessária fora do ginásio. A preocupação dos atletas na Califórnia será dentro do tatame. Nossa preparação tem sido muito boa também, temos treino até no domingo”, comenta.
Possíveis desfalques
Apesar de estarem se preparando para o Mundial com treinos diários há três meses, seis atletas do grupo ainda estão ameaçados de não viajar. Dois deles ainda não conseguiram o visto de entrada nos Estados Unidos. Outros quatro não têm patrocínio para arcar com os custos das passagens. Eles esperam pela concretização da promessa de ajuda da secretaria municipal da Juventude, Esporte e Lazer. “Esses problemas só nos fortalecem para que cheguemos no Mundial totalmente focados”, alerta Virissimo.
Reportagem: Alexandre Brusa
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