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Judô: disputar Brasileiro foi uma experiência para a vida da pequena Andriely

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Depois de dias tensos e de indefinições, a judoca bento-gonçalvense Andriely Czeluchas, de 12 anos, conseguiu disputar seu primeiro Campeonato Brasileiro de Judô. O torneio foi realizado entre os dias 2 e 4 de setembro, na cidade de Lauro de Freitas, na Bahia. A menina chegou a se classificar para a semifinal, terminando a competição na 8ª colocação. “Foi maravilhoso estar com atletas e técnicos de todo o Brasil. Foram mais de 200 atletas. Na minha categoria quase nunca tenho lutas devido ao fato de eu ser muito pequena. No Brasileiro, éramos 17 competidoras de diversas faixas, então a experiência foi incrível. Nunca pensei que com apenas 12 anos eu iria ter essa oportunidade”, emociona-se Andriely. Apesar da idade, a jovem judoca bento-gonçalvense enfrentou meninas maiores, pois disputou a competição na categoria sub-15.
Moradora do bairro Humaitá, ela conquistou a vaga ao ser campeã na Supercopa de Judô, disputada no final de julho, em Venâncio Aires. Foi a primeira vez que a menina, que há três anos é atleta da Physio Judô, disputou uma competição nacional. E chegar a ela envolveu muito esforço, tanto no que diz respeito aos treinamentos quanto para arrecadar o valor necessário para custear passagens, estadia e alimentação. Nas semanas que antecederam a disputa, a mãe da judoca, Andressa Czeluchas, encabeçou uma mobilização para tentar arrecadar R$ 4 mil. “Infelizmente não conseguimos todo o valor, pois com contratempos e alguns imprevistos não foi possível, mas conseguimos grande parte e o restante foi emprestado por amigos. A persistência e a teimosia influenciaram muito para chegarmos até aqui”, conta Andressa.
A emoção de Andriely mostra que todo o esforço valeu a pena. “O momento mais difícil foi quando achamos que não conseguiríamos o dinheiro da viagem. Sem ajuda e apoio de muitas pessoas legais, não teríamos conseguido; mas quando minha mãe disse que eu iria competir fiquei tão feliz que me deu muito mais coragem”, relata a menina. Apesar de ter voltado para casa sem a sonhada medalha, a participação deu ainda mais motivação para a atleta. “Foi uma experiência que nos fez acreditar que por mais difícil e distante que seja qualquer sonho não é impossível, basta querer e querer muito”, acrescenta. 
A busca por patrocínio permanece. “Muitas vezes deixamos de ir a competições importantes que nos classificamos por falta de auxílio”, lamenta a mãe, que sonha em concluir a faculdade de Educação Física para no futuro tornar-se técnica da filha. A meta para o próximo ano já está traçada: participar novamente da competição nacional. “Precisamos de muito treino e força de vontade”, resume Andriely.

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