Julgamentos…

Há, nesse assunto, sempre perguntas retóricas: mas, afinal, quem julga o juiz? E quem fiscaliza o fiscal? E quem prende a polícia? Cada uma dessas categorias tem seu Órgão específico para tal. 

No meu mundo ideal, todavia, essas situações não seriam necessárias. No meu mundo ideal, o livre arbítrio, aliado ao consenso daquilo que é certo, afastaria a necessidade de um verificando a retidão da conduta do outro. Afinal, toda vez que eu classifico a conduta do outro, seja de que forma for, tanto para o bem quanto para o mal, eu estou fazendo um julgamento.

Mas quem sou eu para julgar? Quem sou eu para achar que alguém está certo ou errado? Quem sou eu para tentar impor a minha opinião em outrem? Aliás, o que muitas pessoas esquecem é que, quando pensam que eu estou errado, ou mesmo quando concluem estar eu certo, elas estão fazendo um julgamento. E elas são, então, totalmente certas para fazer esse julgamento? Ou, talvez, buscar conhecer a pessoa, a história dessa pessoa, o que essa pessoa faz, o que essa pessoa sente, o que essa pessoa vive, para tentar entender por que ela age ou pensa daquela forma, seria a melhor maneira de se chegar a uma melhor conclusão? Ou, de fato, se conhecer? Afinal, aquele que não tiver pecado, que atire a primeira pedra…

Mesmo Maria Madalena, à época, tida como adúltera, não foi apedrejada, já que aqueles que a julgariam, por certo, não se sentiram a vontade de fazê-lo. E por quê? Porque certamente eles também tinham pecados. 

Ora, por certo se deram conta eles de que seus pecados não eram melhores e nem piores, mas eram pecados tanto quanto e que, por isso, não estavam em condições de julgar aquela mulher pela sua conduta. Afinal, será que o bandido só é bandido porque o crime dele é diferente do meu? 

Quem não tiver pecado, que atire a primeira pedra, disse Jesus! E repito eu, mais uma vez!

Dito isso, antes de julgar a opinião de alguém, recomendo: primeiro, descobrir quem é essa pessoa e o que ela realmente pensa; segundo, se o pensamento dela é baseado em experiências próprias, em estudos e vivências, ou naquilo que o outro disse; e, terceiro, qual seria o reflexo daquela opinião na vida de outro, se um julgamento ou algo que, talvez, por convicção, quem disse acredite que pudesse ser a melhor alternativa ou, pelo menos, uma lição interessante. Se, ainda assim, sentir-se em condições de julgar alguém, tome cuidado: a pessoa que mais se aproximou da perfeição acabou, depois de julgado, crucificado…

Até a próxima!

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