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Justiça proíbe que donos da 123 Milhas deixem o país até depoimento na CPI das Pirâmides

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Caso eles não compareçam por vontade própria, a Polícia Federal (PF) tem autorização para conduzi-los coercitivamente

Foto: Juca Varella/Agência Brasil

A Justiça Federal proibiu que os dois proprietários da 123 Milhas, Ramiro Julio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira, deixem o país e autorizou a condução coercitiva deles à CPI das Pirâmides Financeiras. A decisão foi proferida na sexta-feira, 01°/09, pela 3ª Vara Federal Criminal de Belo Horizonte.

Na decisão, o juiz Edison Grillon determinou que os sócios sejam impedidos de deixar o país até prestarem depoimento à CPI das Pirâmides Financeiras, que está agendada para ocorrer na próxima quarta-feira, 06/09. Caso eles não compareçam por vontade própria, a Polícia Federal (PF) tem autorização para conduzi-los coercitivamente.

O foco da CPI é na investigação de indícios de fraude de empresas de serviço que prometem gerar valores por meio de criptomoedas. Conforme apontam o presidente da CPI, o deputado Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), e o relator, deputado Ricardo Silva (PSD-SP), o caso da 123 Milhas se assemelha com um esquema de pirâmide financeira.

Os dois proprietários da agência já foram convocados à CPI como testemunhas, mas acabaram faltando duas vezes.

Também na sexta-feira, os sócios da empresa comparecer ao Ministério da Justiça para se reunir com representantes da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon). Contudo, a dupla não apresentou nenhum plano de ressarcimento aos clientes que tiveram seus pacotes de viagens cancelados. Um novo encontro foi agendado para o dia 14 de setembro.

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