Legado da Copa apresenta problemas técnicos
O início da instalação dos equipamentos para academia e fisioterapia no Parque Esportivo Montanha dos Vinhedos, segunda etapa do projeto de modernização do local com recursos direcionados pelo governo federal a Centros de Treinamento de Seleções (CTS) para a Copa 2014, não entusiasmou o Esportivo e gerou problemas à prefeitura, responsável pela captação dos recursos.
O primeiro deles é uma série de falhas técnicas nos equipamentos. Cerca de 40% do montante que já foi entregue – aproximadamente 25% do total da aparelhagem – por uma das duas empresas vencedoras das licitações deverá ser devolvido após a auditoria do fiscal de licitação, por conta dos defeitos.
O outro problema são alguns aparelhos “comuns”, que não são direcionados ao alto rendimento e que dificilmente seriam usados por alguma seleção que porventura escolhesse Bento como CTS, bem como não deverão ser aproveitados na preparação física dos jogadores do Esportivo, consequência de uma falha nas especificações técnicas por parte da prefeitura, em 2013, quando foi apresentado o projeto. Um exemplo é a bicicleta ergométrica. Sem especificação técnica, a empresa vencedora da licitação acabou mandando a mais básica, insuficiente para o treinamento específico dos atletas.
Os responsáveis pela discriminação dos aparelhos foram as secretarias de Turismo e Finanças. A secretaria da Juventude, Esporte e Lazer (Semjel) não soube informar se houve a consulta de um profissional técnico, mas admitiu a falha nas especificações. Entretanto, minimizou o problema, alegando que se trata de uma quantidade reduzida de aparelhos deste nível no pacote já entregue. O secretário Gustavo Sperotto expõe que, independente destes empecilhos, o clube passará a ter uma academia muito mais equipada como legado da Copa do Mundo. “Não é top, mas é uma academia boa. Eu daria uma nota oito, não 10 porque não são aparelhos de última tecnologia. Em comparação com a academia que o Esportivo tinha, que era nota três ou quatro, há um salto muito grande”, frisa, complementando que após a instalação de toda a aparelhagem buscará uma alternativa para que os equipamentos “comuns” sejam aproveitados da melhor forma possível.
O custo total da nova academia é de R$ 112.576,55. Esta é a segunda etapa do projeto de melhorias aprovado pelo Ministério do Esporte. A primeira, já concluída, foi a irrigação do gramado; enquanto a terceira e última, que ainda aguarda liberação da licitação por parte da Caixa Econômica Federal, são obras externas e internas, que incluem reformas nos vestiários, sala de imprensa, pavimentação, entre outras. A soma das três etapas é de R$ 1.942.282,09, com 8% de contrapartida do município.
Dentro de campo
O Esportivo agendou na programação desta semana, divulgada ainda na última sexta-feira, dia 13, o primeiro amistoso em casa na temporada para este sábado, dia 21. Até a publicação desta matéria, contudo, a partida não havia sido confirmada, por conta das dificuldades na busca por um adversário profissional e que possa impor exigências à equipe, conforme reinvindicação do técnico Rodrigo Carpegiani. Caso não consiga fechar com um adversário até esta sexta-feira, dia 20, a primeira apresentação do remodelado alviazul em casa deverá ser somente na estreia na Divisão de Acesso, no dia 1º de março, contra o Panambi. Os dois testes já realizados pela equipe, vale lembrar, foram na condição de visitante, com vitória sobre os reservas do Veranópolis por 3 a 0 e empate diante do reservas do Lajeadense em 1 a 1.
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