Leite determina fechamento geral das atividades a partir das 20h
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, manteve o modelo de cogestão, que permite que as regiões adotem medidas mais brandas daquelas estipuladas na bandeira que estão classificadas. O anúncio foi feito no fim da tarde desta segunda-feira, 22/02, por meio das redes sociais. Entretanto, Leite estipulou novas restrições gerais aos gaúchos e indeferiu todos os recursos enviados pelas regiões. Dessa forma, o estado continua com 11 regiões em bandeira preta, incluindo a Serra Gaúcha.
Em relação às restrições aplicadas a todo o RS, Leite determinou o fechamento geral das atividades a partir das 20h, até às 5h. As exceções valem para farmácias, hospitais e clínicas médicas, serviços funerários, serviços agropecuários, veterinários e de cuidados com animais em cativeiro, assistência social e atendimento à população vulnerável, hotéis e similares, postos de combustíveis e estabelecimentos dedicados à alimentação e hospedagem de transportadores de cargas e de passageiros, estabelecimentos que funcionem em modalidade exclusiva de tele-entrega e Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa). A suspensão geral também não atinge atividades industriais noturnas.
Desde o sábado, 20/02, a restrição era das 22h às 5h, mas o governador pontuou que não foi percebida melhora nos índices de internação, que têm crescido com a maior velocidade já percebida desde o início da pandemia.
Conforme o governador, a restrição não se trata de um "toque de recolher", porque não proibe as pessoas de sairem de suas casas. Mesmo assim, afirma que além dos estabelecimentos, reuniões, eventos, aglomerações e circulação de pessoas, tanto em áreas internas, quanto externas, em ambientes públicos ou privados, estarão proibidas.
Outra restrição diz respeito à educação. A partir desta terça-feira, 23/02, até a próxima segunda-feira, 01/03, podem funcionar as escolas de instituição infantil e as turmas de primeiro e segundo ano do Ensino Fundamental. Conforme Leite, a manutenção das aulas para essas turmas tem o intuito de não prejudicar a alfabetização das crianças e garantir um local para os pais deixarem seus filhos quando forem trabalhar.
Para os demais níveis de ensino, as atividades presenciais seguem proibidas em regiões com bandeira preta. As atividades de ensino presencial não podem ser definidas pelo sistema de cogestão regional.
Também ficou determinado que as regiões apresentem planejamentos de fiscalização, a fim de que ela seja ampliada em todo território gaúcho.
No momento, o estado está com 86% de ocupação nos leitos de UTI, a maior taxa desde o início da pandemia. Devido a esse aumento nas ocupações, Leite classificou o atual cenário como um dos mais graves da pandemia no RS, entendendo o momento atual como uma terceira onda.
Na quinta-feira, 25/02, o governador convocou uma nova reunião com a Famurs e as associações regionais para reavaliar a situação e o cumprimento das medidas.
Situação em Bento Gonçalves
O município de Bento Gonçalves tem um modelo de cogestão aprovado para a bandeira preta desde o dia 13/02. Entretanto, a assessoria da prefeitura afirma que o prefeito Diogo Siqueira está reunido com o Gabinete de Crise para discutir os novos protocolos. Um novo decreto deverá ser lançado em breve para regulamentar as restrições.