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Leite materno: alimento completo

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Que o leite materno é importante para o desenvolvimento do bebê já se sabe. Algumas mães, porém, têm dúvidas sobre a amamentação e como aproveitar esse momento da melhor forma possível. São tantas as dicas e instruções de conhecimento popular que fica difícil saber o que irá mesmo colaborar ou não.

A pediatra Mara Mendes, de Caxias do Sul, esclarece algumas dúvidas sobre o aleitamento materno. “Afinal, ser mãe é fazer seu bebê crescer saudável e feliz, e eu como mãe e pediatra acredito nisso”, ressalta.

Jornal SERRANOSSA: Mamadeira e chupeta interferem de alguma forma no aleitamento?

Se o bebê for amamentado exclusivamente ao seio materno, a mamadeira está totalmente dispensada, ou seja, ela atrapalha muito a sucção do leite, pois a mamadeira dispensa a força para sugar. Assim, gasta menos energia e ele se sente menos cansado. Caso necessite complemento deve ser dado de colher ou copinho.  

Já a chupeta não atrapalha se for usada apenas para ensinar o bebê a ter horário para as mamadas, ou seja, regula o tempo das mamadas. Particularmente não sou contra a chupeta.

SERRANOSSA: Prótese de silicone prejudica a qualidade do leite? E mamoplastia redutora?

Mara: Próteses não prejudicam a qualidade do leite, o que pode ocorrer é a diminuição da quantidade, dependendo do tipo de colocação das próteses. Com a mamoplastia redutora acontece a mesma coisa, depende do método da cirurgia. Devido aos métodos modernos de colocação de próteses e redução das mamas, as mulheres podem amamentar normalmente.

SERRANOSSA: Cerveja preta estimula a produção de leite?

Mara: A produção do leite materno depende da mãe, ou seja, ela deve tomar bastante líquido, estar calma e deixar o bebê sugar o peito. A sucção é que estimula a descida do leite.

SERRANOSSA: O estresse faz o leite secar?

Mara: Não, mas devemos levar em consideração que pode atrapalhar a descida do leite, pois a estimulação do hormônio chamado ocitocina só se dá se a mamãe estiver calma, em casos de ansiedade, cansaço e afins, a produção deste hormônio é bloqueada. Portanto, não seca o leite só dificulta a descida.

SERRANOSSA: Alguns leites maternos podem ser mais fracos?

Mara: Não existe leite materno fraco, a qualidade do leite em todas as mulheres é a mesma, o que diferencia é a produção do leite por algumas mulheres, que pode ser em maior ou menor quantidade.

SERRANOSSA: Existe alguma posição ideal para amamentar?

Mara: As posições dependem da idade do bebê e como as mamães se sentem mais à vontade para amamentar. Oriento que o bebê fique com a cabeça mais elevada que o resto do corpo, para evitar engasgos.  Não esquecer de que esse é um momento sublime da maternidade.  Amamentar é saudar uma vida que depende só de você.

SERRANOSSA: A mãe não pode conversar enquanto amamenta?

Mara: O ato de amamentar é uma condição que existe entre mãe e filho, deve ser respeitada para que ambos estejam em sintonia. Um deve se doar ao outro, é a maior prova de amor.

SERRANOSSA: De que maneira a alimentação da mãe reflete no leite?

Mara: Tudo o que a mãe come passa para o leite materno, portanto quanto mais saudável e variada a alimentação da mamãe, mais saudável será o bebê. Evite apenas comidas que causem flatulência, pois podem provocar gases no bebê.

SERRANOSSA: Outros tipos de leite podem ser tão bons como o leite materno?

Mara: Caso seja necessário dar aos bebês fórmulas infantis, existem as que auxiliam no desenvolvimento e suprem todas as necessidades que o filho teria com o leite materno.


Aleitamento materno é incentivado no Sistema Único de Saúde

O Ministério da Saúde realiza a Política Nacional de Promoção, Proteção e Apoio ao Aleitamento Materno. Entre as estratégias da política está a Rede Amamenta Brasil. O objetivo da rede é contribuir para aumentar os índices de aleitamento materno no país e, entre outras ações, monitorar os índices relacionados à amamentação das populações atendidas pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS) certificadas. Bento Gonçalves e Caxias do Sul têm UBSs que fazem parte da Rede Amamenta Brasil.

Segundo o Ministério da Saúde, para a certificação, a unidade básica deve cumprir alguns critérios, como: garantir a participação de no mínimo 80% da equipe na Oficina de Trabalho em Aleitamento Materno, monitorar os indicadores de aleitamento materno da sua área de abrangência utilizando o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) web, concretizar pelo menos uma ação pactuada ao final da oficina e construir e implementar fluxograma de atendimento à dupla mãe-bebê no período de amamentação.


Benefícios do Aleitamento Materno

O leite materno é um alimento completo. Isso significa que, até os seis meses, o bebê não precisa de nenhum outro alimento (chá, suco, água ou outro leite). Depois dos seis meses, a amamentação deve ser complementada com outros alimentos. É bom que o bebê continue sendo amamentado até dois anos ou mais. Quanto mais tempo ele mamar no peito, melhor para ele e para a mãe.

Para o bebê

O leite materno tem tudo o que o bebê precisa até os seis meses, inclusive água, e é de mais fácil digestão do que qualquer outro leite, porque foi feito para ele;

Funciona como uma verdadeira vacina, protegendo a criança de muitas doenças;

É limpo, está sempre pronto e quentinho;

A amamentação favorece um contato mais íntimo entre a mãe e o bebê;

Sugar o peito é um excelente exercício para o desenvolvimento da face da criança, ajuda a ter dentes bonitos, a desenvolver a fala e a ter uma boa respiração.

Para a mãe

Reduz o peso mais rapidamente após o parto;

Ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal, diminuindo o risco de hemorragia de anemia após o parto;

Reduz o risco de diabetes;

Reduz o risco de câncer de mama e de ovário;

Pode ser um método natural para evitar uma nova gravidez nos primeiros seis meses, desde que a mãe esteja amamentando exclusivamente (a criança não recebe nenhum outro alimento), em livre demanda (dia e noite, sempre que o bebê quiser) e ainda não tenha menstruado.

 

Fonte: Portal do Ministério da Saúde

Reportagem: Francine Ghiggi

 

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