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Lideranças do partido NOVO se manifestam sobre apoio de Amoêdo a Lula

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O partido afirmou que a posição de Amoêdo não representa o NOVO e seus filiados

O anúncio do apoio de João Amoêdo, fundador do partido NOVO, ao ex-presidente Lula (PT) no segundo das eleições presidenciais mexeu com a estrutura do partido que saiu fragilizado do primeiro turno. Em 2022, o partido fez oito deputados (cinco estaduais e três federais – um de cada no RS), além da reeleição de Romeu Zema como governador de Minas Gerais. O candidato à presidência Felipe D’Avila ficou em sexto, com 559.708 votos.

Pelo Twitter, o partido afirmou que a posição de Amoêdo não representa o NOVO e seus filiados. “É absolutamente incoerente e lamentável a declaração de voto de João Amoêdo em Lula, que sempre apoiou e financiou ditadores e protagonizou os maiores escândalos de corrupção da história. Seu posicionamento não representa o Partido Novo e vai contra tudo o que sempre defendemos”, escreveu na rede social.

O partido aproveitou o momento para salientar que Amoêdo não faz parte da diretoria do partido desde 2020.

Deputado federal do Rio Grande do Sul reeleito com 256.913 votos e um dos principais nomes do NOVO em nível nacional, Marcel van Hatten se manifestou sobre a decisão do fundador do partido de apoiar o candidato do Partido dos Trabalhadores. “João Amoêdo há muito tempo não me representa. Declarar voto em Lula, ex-presidiário que ataca todos os valores liberais e conservadores, confirma quão longe Amoêdo está dos meus valores e do partido NOVO. Se ainda lhe falta dignidade para se desfiliar, que seja expulso”, escreveu no Twitter.

O presidente e candidato a reeleição Jair Bolsonaro (esquerda, desfocado), João Amoêdo e Marcel van Hatten

Eduardo Pinheiro, atual presidente do NOVO, via Twitter afirmou que o apoio a Lula vai de total desencontro com os princípios e objetivos do partido.

O deputado estadual do Rio Grande do Sul pelo NOVO, Fábio Ostermann, que não conseguiu se eleger deputado federal, também se manifestou. “Desconectado da realidade do Brasil e do partido Novo, se afundou em uma poça ressentimento. E tenta a todo custo afogar o partido junto. Não à toa crescem os pedidos de EXPULSÃO. Parece ser a única medida capaz de impedir q ele siga violando o estatuto e prejudicando o NOVO”, disse.

João Amoêdo e Fábio Ostermann.

Respondendo o partido no Twitter, Amoêdo reclamou das críticas feitas pelo Novo a sua decisão de apoio.

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, Amoêdo declarou que a reeleição de Jair Bolsonaro (PL) é ‘perigosa’. “Os fatos, a história recente e o resultado do 1º turno, que fortaleceram a base de apoio de Bolsonaro, me levam à conclusão de que o atual presidente apresenta um risco substancialmente maior”, disse.

“No dia 30 [de outubro], farei algo que nunca imaginei. Contra a reeleição de Jair Bolsonaro, pela primeira vez na vida, digitarei o 13. Apertar o botão ‘Confirma’ será uma tarefa dificílima. Mas vou me lembrar do presidente que debochava das vítimas na pandemia, enquanto milhares de famílias choravam a perda de seus entes queridos”, concluiu.

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