Limpeza do Lago Fasolo deve iniciar ainda em julho

A prefeitura promete iniciar ainda em julho a remoção das “marrequinhas” que hoje cobrem praticamente toda a superfície do Lago Fasolo, no bairro Progresso. Até o próximo dia 18, deve ser definida, por meio de licitação, a empresa que executará o serviço de retirada da vegetação flutuante, ao custo de R$ 75 mil. Os trabalhos devem durar, no máximo, 45 dias.

Os serviços também preveem a limpeza dos juncos submersos no lago e nas bordas. Depois de removido, o material deve ser acondicionado para secagem nas margens pelo período de três a dez dias. Na sequência, será transportado para um local indicado pela administração municipal.

De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Luiz Augusto Signor, a etapa seguinte será conduzida pela Companhia Rio-grandense de Saneamento (Corsan), que canalizará os esgotos de cerca de 50 famílias para evitar que os detritos também voltem a contaminar o lago, outro problema que se estende há décadas. “De nossa parte, o que temos que fazer é a limpeza, e acredito que leve até menos tempo que o previsto”, avalia Signor.

A possibilidade de utilização da área, que é propriedade particular de uma empresa, como um espaço de lazer – o que chegou a ser cogitado no governo passado – não deve entrar novamente em discussão tão cedo, segundo Signor. “É temerário falar nisso, porque não podemos pedir esmola com o chapéu dos outros e nem iludir o povo. O importante agora é recuperarmos aquele local, que nunca foi poluído pela empresa, mas pelas casas que estão ao redor e até pela prefeitura no passado, quando desviou esgoto da Osvaldo Aranha direto para o lago”, conclui o secretário.

Problema antigo

Em 1930 o terreno onde hoje existe o Lago Fasolo pertencia a uma olaria. O local foi adquirido pelo Curtume Fasolo em 1941. A indústria, hoje desativada, utilizava a água para manufaturar couro. Com mais de 26,5 mil metros quadrados, o lago recebeu, durante mais de 30 anos, o esgoto de bairros vizinhos. Somente em 2004 foi solucionado um dos principais focos de poluição, que era um cano de esgoto que desembocava na água e foi desviado. 

Em 2009, a prefeitura contratou uma empresa que instalou canos e construiu algumas caixas coletoras de esgoto. Entretanto, a medida não foi suficiente para eliminar o problema. De acordo com informações da administração, a obra realizada para desviar o esgoto do lago foi abandonada. As bombas utilizadas para jogar os dejetos da caixa coletora para a canalização das ruas foram furtadas antes mesmo de entrarem em funcionamento.

Reportagem: Jorge Bronzato Jr.


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