Mãe aos 40: um deleite desfrutado com experiência
Ana Ivete Pavão Dias, de 40 anos, ficou em estado de choque quando descobriu que uma suposta intoxicação alimentar prolongada era, na verdade, sintoma de sua quarta gravidez. “Eu disse para o médico que ele só poderia estar louco. Era a última coisa que eu esperava nessa altura da vida. Hoje, vejo que foi a maior bênção que eu poderia ter recebido de Deus”, recorda, ao fitar a pequena Vanessa, de dois meses, que dorme em seu colo.
No passado, a necessidade de trabalhar fez com que Ana recorresse aos serviços de uma babá. Agora, fará diferente. “Parei de trabalhar para me dedicar à Vanessa. Desta vez quero aproveitar essa fase gostosa, dar total atenção, ser mais presente”, afirma.
Quando descobriu a gravidez, Ana ainda estava adaptando-se com a ideia de sua filha ter saído de casa para cuidar da própria família. Aos 16 anos, Angélica Patrícia Dias foi pega de surpresa. Após enjoos e dias de mal-estar confundidos com uma suposta gastrite nervosa, um exame de farmácia confirmou a suspeita. “Na época, meu marido cogitou essa hipótese. No fundo eu desconfiava, mas tinha muito medo de dizer ao meu pai que minha menstruação estava atrasada. Quando contei, choramos muito. Eu, porque sabia que tudo mudaria na minha vida. Ele, porque não queria que sua menina saísse de casa”, recorda Angélica.
Hoje, Bruno Henrique, de um ano e três meses, corre esperto pela casa, disputando o colo da avó com a tia Vanessa, de apenas dois meses. “Ele é bem ciumento”, conta Angélica. Repreendendo as arteirices do menino, ela declara com um largo sorriso e brilho nos olhos: “A sensação de ser mãe é maravilhosa. Depois do Bruno, tudo mudou para mim. A gente passa a ver a vida de forma diferente, com muito mais amor. Tudo o que faço é para o bem-estar do meu filho. Ele é meu melhor presente”.
Para Angélica, a gravidez inesperada da mãe serve como uma espécie de curso intensivo, já que elas aproveitam a oportunidade para trocar experiências em relação aos dilemas que cercam a maioria dos pais durante a criação dos filhos. “As crianças nos aproximaram ainda mais. Agora ela entende os sacrifícios que fazemos pelos filhos, o que nos motiva a querer sempre o melhor. Também passou a compreender o porquê de algumas decisões que precisamos tomar, mesmo que nem sempre agradem as crianças”, desabafa Ana.
Reportagem: Priscila Boeira
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