A reputação da maionese anda abalada – alguns até a excluíram do cardápio achando que faz mal à saúde e prejudica a dieta em função do alto valor calórico. Mas, na verdade, isso não passa de mito: nutricionistas contam que a iguaria pode ser muito bem-vinda aos lanches e saladas e ainda fornecer nutrientes. “Basta saber a forma certa de consumir e estar atento a alguns cuidados”, afirma a nutricionista carioca Hediane Oliveira. Desbanque mitos e veja as melhores formas de consumir o alimento sem se preocupar em ganhar gordurinhas ou problemas de saúde.
Uma porção de maionese aumenta o colesterol ruim (LDL)?
O principal ingrediente que contém colesterol é o ovo, mas muitas maioneses sequer apresentam ovo no preparo ou possuem em quantidade tão pequena na porção que o aumento do colesterol é insignificante. Segundo a nutricionista Hediane Oliveira, os fabricantes de maionese industrializada melhoraram muito as suas formulações, de modo a deixar o alimento com menos ingredientes que possam interferir nos níveis de colesterol. “Como qualquer outro alimento fonte de gordura, porém, a maionese deve ser consumida com moderação”, lembra.
A gordura presente na maionese é saudável?
“A maior parte das gorduras da maionese é do tipo poli-insaturada e moni-insaturada, que possui ácidos graxos essenciais do tipo ômega 3 e 6”, conta a nutricionista Hediane. Entre os benefícios dessas gorduras boas, está a proteção contra doenças cardiovasculares. Ela afirma, no entanto, que a quantidade dessas gorduras boas é muito baixa. Além disso, é preciso estar atento aos produtos ricos em gorduras saturadas, que são os tipos mais nocivos à saúde do organismo. Por isso, procure auxílio de um nutricionista para garantir os nutrientes certos no cardápio.
Qual é a quantidade ideal de consumo do alimento por dia?
Se você escolher a maionese como opção de gordura do seu dia, a quantidade deve representar, no máximo, 30% do valor energético do dia. “Em uma dieta de 2.000Kcal, isso equivale a aproximadamente uma ou duas colheres de sopa”, conta Hediane. Mas não vale consumir essa quantidade junto a outras fontes de gordura, pois será um excesso de consumo desse nutriente, o que pode comprometer não apenas a dieta, mas também a saúde.
Ela entra no lugar de quais alimentos do cardápio?
“A maionese pode ser utilizada tanto no lugar da manteiga ou margarina no café da manhã quanto em saladas, substituindo o azeite”, conta Hediane Oliveira. A nutricionista frisa a necessidade de substituir esses alimentos fonte de gorduras, e não consumir a maionese junto com eles.
A maionese caseira pode ter mais gordura do que a industrial?
Sim. Por isso é preciso cuidado ao preparar a maionese em casa para não extrapolar nos ingredientes, como acrescentar muito óleo. Hediane recomenda utilizar outros óleos vegetais no lugar do óleo de soja, como azeite ou óleo de linhaça ou amêndoas. “Para aumentar os nutrientes e dar um sabor especial, vale acrescentar alho, orégano, alecrim e cheiro verde, já que muitos deles são ricos em substâncias fitoquímicas e antioxidantes, que ajudam a combater o envelhecimento das células, além de realçar o sabor, diminuindo a quantidade de sal necessária”, sugere a nutricionista.
A maionese caseira pode prejudicar o organismo?
Sim, dependendo do modo de preparo. A maionese caseira feita com ovos pode estar contaminada por “Salmonella spp.”, uma bactéria que causadora de gastroenterite, septicemia e febre tifoide. “Essa bactéria pode estar tanto na casca quanto na gema, por isso é importante lavar os ovos antes de utilizá-los e cozinhá-los bem, evitando deixar a gema mole”, recomenda a nutricionista Camila Barreto, pesquisadora do Centro de Referência para Prevenção de Doenças Associadas à Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP. Segundo ela, a maionese industrializada não corre esse risco, porque é feita com ovos pasteurizados. Porém, quando não é bem conservada pode provocar males à saúde também.
Como conservá-la?
Camila Barreto conta que a maionese e todas as preparações feitas com maionese devem ser conservadas abaixo de 10ºC, ou seja, na geladeira. “Na hora de servir, é importante deixá-la o menor tempo possível fora dessa refrigeração”, recomenda. Se a preparação for industrial, respeite a validade do produto depois de aberto, indicada no rótulo. A caseira, livre de conservantes, deve ser consumida em menos dias ainda para não correr o risco de estragar.
Por Letícia Gonçalves
Fonte: Portal Minha Vida
(www.minhavida.com.br)
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