Maior demanda é por professores de séries iniciais

A falta de professores nas escolas estaduais é sempre assunto no início do ano letivo. Em Bento Gonçalves e nas demais cidades atendidas pela 16ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), não é diferente. Embora ainda não existam números oficiais de quantos profissionais estão faltando para preencher os cargos em 77 escolas estaduais de 25 municípios, já que os educandários só abrem as portas nesta segunda-feira, dia 23 – as aulas começam no dia 26 –, a entidade classifica a situação como tranquila.

De acordo com o coordenador da 16ª CRE, Leonir Rasador, um levantamento inicial aponta que a principal necessidade é por profissionais das séries iniciais e, mais especificamente, da área de Ciências Humanas, em que as vagas poderão ser preenchidas em boa parte por concursados. De acordo com a diretora do 12º Núcleo do Cpers, Juçara de Fátima Borges, ainda há 54 profissionais das séries iniciais que não foram nomeados, e que poderiam atender a essa demanda inicial. “No ano passado, 148 profissionais concursados foram nomeados. Nas séries finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, praticamente, não há mais profissionais para serem chamados”, explica.

Rasador afirma que nenhuma escola vai deixar de funcionar por falta de professores e que, diariamente, esse problema é discutido pelos gestores. “Professor não é uma mercadoria que vamos ao mercado e compramos. O que acontece é que, mesmo com inscrições abertas para preenchimento de vagas, e mesmo que haja concursados, muitas vezes, o professor não quer atuar em determinada escola ou localidade. Temos casos de, por exemplo, um profissional de Nova Prata ser chamado para atuar seis horas, ou dois dias, em André da Rocha, e não aceitar. Afinal, ele teria mais gastos para se locomover até lá, do que lucro. Às vezes, é preciso chamar dez para conseguir um”, diz o coordenador. “São problemas como este que enfrentamos todos os dias e queremos que a comunidade entenda. Outro exemplo é se um professor adoece, reincide ou tem algum outro problema. Para encontrar um substituto imediato é ainda mais complicado”, completa.

Nesta segunda-feira, quando os diretores das escolas retornarem ao trabalho, a 16ª CRE começará um levantamento de quantos profissionais precisarão ser contratados. “Acreditamos que, no máximo, até a segunda semana de aula, todas as demandas sejam atendidas”, garante Rasador.

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