Maioria dos imóveis ofertados em Bento custa de R$ 400 mil a R$ 800 mil

Levantamento da Ascon Vinhedos aponta que apenas 18,6% de unidades à venda na cidade são da faixa econômica. Bairro Imigrante é o que mais tem unidades em oferta.


Como já é tradição, todos os anos a Ascon Vinhedos realiza o Censo Imobiliário, pesquisa mercadológica que busca dimensionar o número de imóveis ofertados em Bento Gonçalves. Divulgado na nesta semana, o levantamento de 2021 aponta que a maioria dos imóveis ofertados na cidade, 38,9%, custa de R$ 400 mil a R$ 800 mil, enquanto unidades da faixa econômica, abaixo de R$ 225 mil, representam apenas 18,6% do montante total.

A pesquisa é feita em empreendimentos residenciais e comerciais de Bento Gonçalves através dos projetos aprovados pelo IPURB, com áreas superiores a 500 m². Não entram na pesquisa obras industriais e apenas participam imóveis destinados à comercialização. Foram identificados 141 empreendimentos no município, que tem para venda 1137 unidades –1068 unidades residenciais (93,9% do total) e 69 unidades comerciais – salas/lojas (6,1% do total).

Foto: Marcelo Cedeño

VALORES
Das unidades em oferta em Bento, 33,07% estão na planta, 44,85% em construção e 22,08% concluídos. Em relação ao valor de venda, 18,6% são de imóveis da faixa econômica, 5,0% são unidades de R$ 225 mil a R$ 300 mil, 7,6% custam de R$ 300 mil a R$ 400 mil, 12,6% de R$ 500 mil a R$ 600 mil, 13,5% de R$ 600 mil a R$ 800 mil, 16,1% de R$ 1 milhão a R$ 2 milhões e 5,7% acima de R$ 2 milhões.
Unidade com dois dormitórios lideram a oferta em Bento: são 537, contra 64 de um dormitório, 455 de três e 12 de quatro. Já o número de salas comerciais novas à venda em Bento é de 30, contra 39 lojas.

BAIRROS
Em relação aos bairros que contam com mais imóveis em oferta, quem lidera é o Imigrante, com 193 unidades, seguido do São Francisco, com 142, do Centro, com 133, e Cidade Alta, com 92. Já os bairros que mais venderam foram o Cidade Alta, com 68, seguido do Imigrante, com 46, São Francisco, com 42, e Centro, 42.

AUMENTO DE VENDAS
Segundo Rafael Panazzolo, coordenador da pesquisa, é possível perceber uma sensível melhora nas vendas se comparado ao período anterior, com um incremento na comercialização de imóveis maiores, com três dormitórios. “Esse movimento do mercado pode ser relacionado à pandemia da Covid-19 que fez com que as pessoas ficassem mais em casa e buscassem espaço maiores para a convivência e trabalho home office”, afirma. Além disso, Panazzolo destaca também um aumento significativo no número de lançamentos. “No Censo deste ano, identificamos 784 unidades lançadas, representando um aumento de quase 120% em comparação ao período 2019/2020 quando foram lançadas 359 unidades, significando um reaquecimento do setor após um período de retração no início da pandemia”, conclui.

foto: Marcelo Cedeño