Marciano Santin corre pelo tetra

Se encerrasse a carreira hoje, Marciano Santin poderia se orgulhar de feitos dos quais nem ele imaginava, no início da trajetória, que seria capaz de alcançar. Com quatro títulos gaúchos e três brasileiros no currículo, o piloto de motovelocidade se transformou em um dos maiores esportistas de Bento Gonçalves. Mesmo aos 39 anos e já veterano para a modalidade, no entanto, ele quer mais, e não tem poupado esforços para voltar ao topo do Campeonato Brasileiro.  

Na sexta e antepenúltima etapa, disputada no dia 27 de setembro, em Goiânia, Santin não conseguiu correr. O motivo foi uma queda no treino classificatório, a 240 quilômetros por hora, que ocasionou em três costelas quebradas e danos no pulmão. Apesar da gravidade, contudo, ele garante estar “99% bem” para voltar às pistas na penúltima etapa, programada para o próximo domingo, dia 25, em Santa Cruz do Sul. A vontade e a coragem de estar presente na corrida justificam-se pela importância da mesma. No momento, Santin lidera a categoria GP 600 Evo com 115 pontos, 24 a mais que o segundo colocado, o paulista Flavio Pavanelli. Se chegar à frente do rival, assegurará o quarto título brasileiro com uma etapa de antecedência. “Essa conquista seria muito importante para mim, porque é dificil um piloto gaúcho ganhar quatro vezes o Campeonato Brasileiro, e, mesmo com quase 40 anos, eu posso chegar lá”, ressalta Santin, que nesta temporada dedicou boa parte da preparação aos trabalhos em academia, com o objetivo de minimizar as desvantagens físicas contra oponentes mais jovens.

O título deste ano pode ser ainda mais especial ao bento-gonçalvense, também, pela possibilidade de que esta seja a sua última temporada. O piloto não descarta a aposentadoria, mas prefere não falar sobre o assunto, por enquanto. Após a queda mais grave em 16 anos de carreira, Santin não quer pensar em mais nada além de competir em Santa Cruz e abraçar a oportunidade de conquistar novamente um título nacional após quatro temporadas. “Estou preocupado com esse ano, depois, não sei o que vai acontecer. Eu nunca havia sofrido um tombo tão feio como o que sofri em Goiânia. Foi o primeiro da minha vida. Preciso ter calma e cautela em Santa Cruz”, expressa.

Além de Santin, outros dois representantes da cidade estarão em ação na penúltima etapa do Brasileiro, ambos sem chances de título. Giovandro Tonini não conseguiu disputar todas as etapas anteriores por falta de patrocínio e, atualmente, ocupa a 14ª colocação na GPR 250. Pedro Sampaio, por sua vez, cumpriu a sua participação no Europeu – 56º colocado – e encerrará o ano com corridas preparatórias nos campeonatos Brasileiro e Gaúcho. O objetivo do piloto é retornar à Europa em 2016, o que ainda passa pela busca por apoio.

A última etapa do Brasileiro está prevista para o dia 29 de novembro, em São Paulo. 

 

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