Março bate recorde de mortes de pacientes com a COVID-19 em Bento

A pandemia neste mês de março tem batido tristes recordes em Bento Gonçalves. Em matéria especial de um ano da pandemia, feita para a edição do dia 19/03, o SERRANOSSA já havia mostrado que março havia alcançado recorde de casos confirmados e internações. Naquela semana, o número de mortes, comparado ao mesmo período do até então maior pico da pandemia – em julho de 2020 -, também já era o maior. Nesta semana, entretanto, o número de mortes de pacientes com a COVID-19 registrado neste mês de março bateu o número total de julho do ano passado: são 46 pessoas que perderam a batalha para o vírus, ante 45 no maior pico do ano passado.

As mais recentes mortes foram registradas na sexta-feira, 26/03. Uma mulher na faixa dos 40 anos e um homem de, aproximadamente, 80 anos. Os dois estavam internados no Hospital Tacchini e não resistiram às complicações da doença. Somente entre os dias 04 e 05/03, cinco pacientes entraram para as estatísticas no município – maior número de confirmações diárias no mês.

O número de casos de Coronavírus já registrados em Bento subiu para 11.471 neste mês de março, com 1.666 novas infecções registradas no município. A média de internações também alcançou recorde, com cerca de 47 pessoas internadas em UTI. Entretanto, esse número vem baixando nos últimos dias. Atualmente são 31 moradores de Bento com a COVID-19 confirmada internados em regime de UTI – entre os dias 08 e 09/03, o número havia batido 56 pessoas.

No Tacchini, apesar do cenário de preocupação em relação à falta de medicamentos, o número de internações também tem apresentado redução. Atualmente são 60 pessoas internadas em UTI – há algumas semanas o número chegou a 72 pacientes. Em coletiva de imprensa na quinta-feira, 25/03, a equipe diretiva do hospital se mostrou esperançosa em relação à essa redução, mas alertou que o cenário continua preocupante. "Tivemos redução, mas em compração ao pico de julho, a gente continua com o dobro praticamente de pacientes sendo atendidos. E um número maior de pacientes críticos acaba existindo um risco maior da doença evoluir para óbito", alerta a diretora da divisão hospitalar do Tacchini, Roberta Pozza.