Material escolar: a indicação é pesquisar

Com o início do ano, chega também o pagamento de impostos, como IPTU, IPVA, e o período de férias. E é nesse momento que se faz necessária a aquisição do material escolar. Para que ele não se torne o vilão no orçamento, é recomendado aos pais que realizem pesquisa de preço e solicitem descontos nas compras à vista, assim como fiquem atentos ao que está sendo solicitado pelas escolas. Até o final de janeiro, o  Procon de Bento Gonçalves deverá divulgar uma pesquisa de preço feita pelos fiscais nas principais papelarias da cidade. 

Dados do Índice de Preços do Consumidor (IPC) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontaram que o custo do material escolar, excluindo os livros didáticos, aumentou 5,31%, no período de janeiro a dezembro do ano passado, menos do que a inflação acumulada no período, de 5,74%. A elevação no preço, motivada pela maior procura nesta época do ano, exige atenção de quem não quer comprometer as finanças. A velha e boa fórmula de pesquisar antes de comprar é a recomendação do Procon. Quando a lista de materiais for considerada extensa ou contiver itens abusivos, a orientação é uma tentativa de negociação com a escola. Se não houver acordo, o indicado é procurar o Procon.

Segundo a gerente da Papelaria Papirus de Bento Gonçalves, Josieli Pelizzari, o aumento no preço do material escolar ocorre anualmente em função do valor do papel, que é responsável pela maior fatia de reajuste. “Sempre procuramos manter fixos os preços das folhas de ofício e dos cadernos, principalmente os da promoção, mas os mais incrementados, como de personagens, costumam ter maior elevação nos custos. Nos demais itens, o reajuste é baixo, sem muito impacto, e muitas vezes nem chega a ser passado ao consumidor”, destaca. 

Variação de preço

Em uma pesquisa informal realizada pelo SERRANOSSA em algumas papelarias da cidade, é possível perceber, por exemplo, que o preço de um apontador varia entre R$ 0,25 (sem depósito) a R$ 13,90 (com depósito). A grande diferença está na marca do produto e na vinculação ou não com algum personagem “da moda”. A diferença de preço também é grande em relação ao lápis preto. O mais barato é vendido por R$ 0,25 e o mais caro, com personagem e enfeites, chega a custar R$ 2,80. O mesmo acontece com a caneta esferográfica, cujo custo varia de R$ 0,80 a R$ 10,90. Vale lembrar, no entanto, que nem sempre o preço elevado é sinônimo de qualidade.

Dicas para compra

*Analisar atentamente o que a escola exige uma vez que itens como papel higiênico, canelas para lousa e medicamentos não devem ser adquiridos pelos alunos, mas fornecidos pelo estabelecimento;

*Não há lei que obrigue os pais a comprar o material no próprio estabelecimento de ensino; 

*Se possível, reúna-se com outros pais. Alguns estabelecimentos dão descontos maiores para compras em grandes quantidades; 

*Reaproveite as sobras do ano letivo anterior;

*Se o pagamento dos materiais for efetuado à vista, solicite desconto. O pagamento no cartão de crédito (sem parcelamento) deve ter o mesmo valor de à vista. Se a compra for feita a prazo, verifique os juros aplicados;

*Exija a nota fiscal de compra, para fins de troca do produto; 

*Quando a lista de materiais contiver algum item que os pais considerem não ser necessário ao aprendizado, a direção da escola deve ser questionada e, se não houver acordo, o Procon;

*A instituição somente poderá exigir que a compra do uniforme seja feita na própria unidade ou em terceiros pré-determinados, se possuir uma marca registrada. Caso contrário, os pais poderão contestar junto à direção da escola e procurar um órgão de defesa do consumidor para registrar reclamação.

Fonte: Procon Porto Alegre

Dúvidas

Se surgirem dúvidas sobre os materiais solicitados na lista ou reclamações acerca do assunto, a orientação do Procon é procurar inicialmente a direção da escola e, caso não haja o esclarecimento, o órgão pode ser acionado. Em Bento Gonçalves, o serviço funciona na rua Cândido Costa, 65, sala 408 (Edifício Palazzo del Lavoro), de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h45 e das 13h30 às 17h45, e atende pelos telefones 3055 4430 ou 3055 4460.

Reportagem: Katiane Cardoso


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