Material escolar: melhor hora para as compras

Em Bento Gonçalves, o ano letivo da maior parte das escolas inicia apenas em fevereiro, mas muitos pais já começaram 2015 pensando na despesa extra que sempre vem com a volta às aulas: a lista de material escolar. Muitos aproveitam as férias do trabalho para percorrer a cidade em busca dos melhores preços ainda em janeiro. Segundo lojistas e o Procon do município, esta é a melhor época para comprar. 

“Nossa principal orientação é que se pesquise o máximo possível. Verifique dois ou três itens da lista em uns cinco estabelecimentos diferentes na cidade, porque a variação é grande”, recomenda o fiscal do Procon Thiago Duarte dos Santos. Ele afirma que a maior parte dos consumidores deixa para a última hora, por isso, nas primeiras semanas do ano, as lojas disponibilizam maior variedade de produtos e estão mais vazias para poder pesquisar tranquilamente. 

Em fevereiro, as alternativas mais baratas podem ter se esgotado. “A melhor opção é ‘bater perna’ para encontrar os melhores preços, inclusive nas lojas de bairro. Algumas oferecem preços melhores que as da área central”, revela o fiscal. Mesmo que algumas escolas fechem parcerias com as papelarias para que os estudantes comprem a lista completa no local, oferecendo valores diferenciados, comprar os itens em diferentes pontos ainda pode valer a pena. 

A difícil tarefa de não levar os filhos junto na hora da compra também é recomendada se a meta é economizar. Itens ilustrados com personagens de desenhos animados são os preferidos da criançada, mas também são os mais caros. “Isso acontece todos os anos, disparado. Se uma mochila normal custa R$ 60, a que traz a Peppa Pig estampada, por exemplo, vai custar uns R$ 160”, exemplifica Thiago. Ele ainda orienta os pais a sempre “dar uma choradinha” pelo desconto, principalmente se o pagamento for à vista, condição que sempre é mais vantajosa para o cliente.

Os comerciantes concordam que esta é a melhor época do ano para comprar. “Já estamos registrando um crescimento nas vendas em relação a 2014, mas o forte ainda é em fevereiro”, destaca a gerente da loja Papirus, Josieli Pelizzari. “No fim, não há tanta reposição dos produtos, agora há mais variedade e não tem fila, o que possibilita um melhor atendimento”, cita, entre as vantagens. O preço do material escolar teve um reajuste de 5% a 10% em relação ao ano passado, segundo Josieli, devido, principalmente, ao aumento no valor do papel e do plástico, além dos itens importados. 


Os pequenos que escolhem

Enquanto os pais sentem o momento da compra do material no bolso, para as crianças, é uma alegria escolher os cadernos, lápis, borrachas e tantos outros itens que vão fazer parte do seu dia a dia na escola durante o ano todo. Mesmo com a recomendação de não levar os filhos, para economizar, as papelarias já estão apinhadas de crianças negociando com os pais pelos itens preferidos.  

“Se elas não gostam, não usam, então é melhor trazer junto”, afirma a dona de casa Roseli Facchin. Prevendo gastar de R$ 400 a R$ 500 na aquisição dos materiais para as duas filhas, de 13 e cinco anos de idade, ela já começou a pesquisar os preços. “Procuro, principalmente, o local mais barato para as mochilas e lancheira. O restante da lista acabo comprando na mesma loja”, diz a mãe.

Aos 16 anos, Emanuel Barz já tomou à frente da pesquisa de preço e foi comprar alguns dos itens para o ano letivo acompanhado da mãe e dos dois irmãos menores. “Ele viu onde tem os cadernos mais baratos e viemos. Mas compramos metade agora e vamos deixar metade para fevereiro, para distribuir o gasto”, revela a mãe, Andréia. Ela garante que os filhos menores podem escolher a ilustração da capa dos cadernos, mas o restante quem determina é ela. A caçula Ketlim, de apenas três anos, ainda não frequenta a escola, mas já adora rabiscar e já quer ter seus próprios “cadernos de menina”.


Dicas para economizar

– Reunir os materiais sobrados do ano anterior e avaliar a possibilidade de reutilizá-los; 

– Conversar com outros pais para fazer as compras coletivamente. Alguns estabelecimentos podem oferecer descontos para compras em maiores quantidades;

– Pesquisar de loja em loja ou pela internet em busca dos melhores preços, prestando atenção em cada item – se um caderno, por exemplo, for muito barato em um estabelecimento, não quer dizer que você economizará se comprar todos os outros materiais no mesmo local;

– Sair às compras com a lista em mãos, para não perder o foco e acabar se rendendo ao impulso de comprar coisas desnecessárias;

– Conversar com os filhos antes de sair às compras, explicando o quanto a família pode gastar com os materiais, conscientizando sobre sua realidade financeira;

– Verificar as condições de pagamento à vista e a prazo, se há descontos ou possibilidade de parcelamento. Exigir sempre nota fiscal, para troca em caso de defeito.

Atenção aos itensde uso coletivo

No final de 2013, uma lei federal passou a proibir as escolas de incluírem nas listas de material escolar itens de uso coletivo, como papel higiênico, produtos de limpeza e quantidade abusiva de folhas de papel. A grande quantidade de reclamações levadas ao Procon no ano passado parece ter surtido efeito, o número de queixas neste ano é quase nulo. Os pais, no entanto, não devem deixar de ficar de olho nas listas.


Pesquisa de preço do Procon

Anualmente, o Procon de Bento Gonçalves realiza pesquisa de preço do material escolar em algumas das lojas do município e disponibiliza a tabela com o valor de cada item no site da prefeitura. Este ano, a pesquisa deve ser feita e divulgada depois do dia 20 deste mês, devido a férias de funcionários do órgão.

Reportagem: Priscila Pilletti


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