“Me considero um curinga”, afirma Dentinho
Quase duas semanas de pré-temporada já se passaram e a permanência ou não de Dentinho nas quatro linhas ainda é uma incógnita. A decisão, contudo, não depende exclusivamente da vontade do capitão do Bento Vôlei na conquista do acesso à Superliga; ela também passa pela captação de recursos que possibilitem a complementação do plantel.
O montante captado até o momento já foi direcionado para a formação do grupo atual, que conta com 12 atletas, incluindo três ponteiros. O planejamento da direção, no entanto, visa no mínimo quatro jogadores para a posição, além de mais um líbero e um central, o que passa necessariamente por um acréscimo nas receitas. Dentinho, por enquanto, é a “carta na manga” do clube. Se houver êxito na busca por mais recursos, ele encerrará a carreira e seguirá na gestão do clube. Caso contrário, resgatará o uniforme e voltará à quadra. “Hoje eu não consigo ainda me doar para os treinamentos, tem uma série de coisas que está em andamento. Eu gostaria muito de definir isso o quanto antes, mas não é uma decisão que eu vou poder tomar. Ela passa por patrocínios, pela necessidade do clube. A gente tem essa possibilidade que talvez nenhum outro clube tenha, nós temos esse curinga, é assim que eu me considero, posso estar fora da quadra ou ali dentro”, revela o diretor-executivo, que também descartou continuar conciliando as funções de gestor e atleta. “Aliar as duas funções não mais, isso é fato. Em uma Superliga não tem como fazer isso, o desgaste é muito grande. Nos dois anos em que eu vivi essa situação, foi por uma necessidade do clube. Foi importante, sim, mas eu não me senti bem em estar fazendo isso, desgastou muito e acredito que eu não tenha dado o máximo em cada uma das funções”, salienta.
Dentinho frisa que o seu papel na temporada terá que ser decidido até o final do mês. Enquanto isso, vem dedicando as poucas horas de folga como gestor à preparação física, para que possa estar apto caso haja a necessidade. Questionado sobre a preferência por trabalhar dentro ou fora da quadra, ele indica que, se fosse possível, abraçaria as duas incumbências, mas aos 37 anos deixa o futuro à disposição do clube que o revelou ao voleibol. “Eu acordo de manhã e saio para fazer visitas, prospectar, captação, toda essa questão comercial, e isso está me surpreendendo, eu estou gostando bastante. Por outro lado, quando começo a ouvir barulho de bola, quadra, quando vejo o pessoal chegando ao ginásio para treinar, me dá vontade de estar com eles. Estou bastante dividido nesse momento, são duas sensações muito boas, uma que eu estou criando agora, que é essa parte extraquadra; e outra paixão antiga, que é treinar e jogar”, ressalta.
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