Mentor do assassinato vai a julgamento na próxima semana

Após quase três anos do assassinato do cobrador Vlademir Cardozo, então com 28 anos de idade, ocorrido no dia 20 de maio de 2013, Daniel Panno Lazzari, apontado como mentor do crime, será julgado na próxima quinta-feira, dia 10. O julgamento está marcado para as 9h30, no Fórum da cidade de Farroupilha, cidade onde o corpo foi encontrado. Lazzari responde pelo crime de homicídio qualificado, por motivo torpe e dissimulação.

De acordo com a sentença de pronúncia, durante os depoimentos foi relatado que o réu e a vítima eram amigos há mais de dez anos e Lazari teria sido a última pessoa a ver Cardozo com vida. A câmera de monitoramento de um estabelecimento no bairro Santo Antão, em Bento Gonçalves, flagrou o momento em que o cobrador entrou no automóvel do réu, uma Montana, e deixou o seu veículo, de mesmo modelo, estacionado em frente ao local. Em depoimento à juíza, Lazzari disse que teria levado a vítima até as proximidades de um campo no bairro Tamandaré, em Garibaldi, onde um Pálio, de cor azul, a esperava. 

Um funcionário de Cardozo contou que ele teria recebido uma ligação do acusado marcando um encontro na noite em que o crime aconteceu. A finalidade seria o pagamento de uma dívida. Após o desaparecimento do cobrador, o mesmo funcionário chegou a conversar com Lazzari, que informou tê-lo levado até um bairro da cidade, onde supostamente ele se encontraria com outro homem, conhecido apenas como “Alemão”. Depois da carona, o réu afirma não ter mais visto a vítima. 

O corpo de Cardozo foi localizado no dia 21 de maio, na linha Paese, interior de Farroupilha, com pelo menos cinco marcas de tiros. Um caminhoneiro que passava pelo local percebeu um homem caído e acionou a Brigada Militar. A testemunha ainda viu um automóvel Montana passar nas proximidades, mas não conseguiu identificar a placa e tampouco as pessoas que estavam no interior dele.

Em seu depoimento à juíza, Lazzari também contou que assumiu ser o mentos do crime, na fase policial, pois havia sido instruído por um advogado a confessar, uma vez que – conforme o relato – nada lhe aconteceria se apontasse quem teria efetuado os disparos. Ele identificou como sendo o autor dos tiros Luís Fernando de Souza, que, por sua vez, sempre garantiu não conhecer o réu e que no dia do crime estaria trabalhando em uma obra. Devido à falta de evidências que comprovassem a participação de Souza na ação, ele não foi pronunciado pelo crime.

Caso seja considerado culpado, Lazzari pode ser condenado de 12 a 30 anos de prisão. 

Fotos: Katiane Cardoso/Arquivo SERRANOSSA e Reprodução Facebook

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