Mês para a conscientização masculina
A cada hora, quase oito novos casos de câncer de próstata são diagnosticados no Brasil. A estatística, divulgada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) em julho deste ano, soma-se à informação do Instituto Nacional do Câncer (Inca) de que o tipo é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. As regiões sul e sudeste do país são as que concentram mais ocorrências da doença.
Além dos dados alarmantes, o câncer de próstata não tem prevenção nem sintomas – à exceção de casos mais avançados –, o que reforça a necessidade do exame anual a partir dos 50 anos de idade. Com o diagnóstico precoce, as chances de cura beiram 90%. Para reforçar sua importância, a SBU promove anualmente o Novembro Azul, campanha difundida em todo o Brasil para conscientização (veja cronograma de palestras em Bento abaixo).
Foi durante o exame anual que o bento-gonçalvense Antenor Sassi descobriu um tumor na próstata, em 2009. Ele conta que, antes do exame de toque, a alteração foi percebida no PSA (Antígeno Prostático Específico), medido no sangue. “Quando a biópsia confirmou que era câncer, perdi o chão”, lembra. Como o tumor foi detectado precocemente, pouco mais de um mês depois, foi removido.
O aposentado só recebeu alta, contudo, na metade deste ano. O acompanhamento pós-cirúrgico é necessário para monitorar um possível retorno da doença, além de minimizar o risco de expansão para outros órgãos.
Ele desmitifica os medos de muitos homens sobre possíveis sequelas. “Todos têm receio da impotência, mas não tive nenhum comprometimento nesse sentido. Nos primeiros dias, tive, de fato, um pouco de incontinência urinária, que controlei rapidamente com exercícios de pilates”, relata Sassi.
Para o enfrentamento da doença, a receita do aposentado, hoje com 63 anos de idade, é o pensamento positivo. “Tem coisas muito piores que isso que podem ser superadas, problemas muito maiores, e ninguém está sozinho nisso”, avalia.
Presidente do Conselho Municipal do Idoso e com anos de experiência na área da saúde, Sassi tem contato com muitas famílias e sabe do preconceito enfrentado para a realização do exame de toque retal. Segundo ele, muitos homens são descuidados e, normalmente, só fazem o teste por pressão das esposas. “Já ouvi um homem dizer que prefere morrer a fazer o exame. Eu prefiro viver”, conclui.
Fatores de risco
Idade (cerca de 62% dos casos são de homens a partir dos 65 anos)
Histórico familiar
Raça (maior incidência entre os negros)
Alimentação inadequada, à base de gordura animal
Sedentarismo
Obesidade
Sintomas (só aparecem nos casos avançados)
Vontade de urinar com urgência
Dificuldade para urinar
Levantar-se várias vezes à noite para ir ao banheiro
Dor óssea
Queda do estado geral
Insuficiência renal
Dores fortes no corpo
Programação da secretaria municipal de Saúde
Dia 13/11
8h30 e 13h30 – Palestra no CAPS
Dia 17/11
14h – Palestra na comunidade do bairro Vila Nova 2
Dia 18/11
9h e 15h – Palestra aos motoristas da Transporte Santo Antônio
17h30 e 20h – Oferta de consultas médicas, testes rápidos e palestras para homens na UBS Santa Helena
Dia 19/11
8h – Palestra na comunidade do bairro Vila Nova 1
14h – Palestra na comunidade da Linha São Miguel
Dia 20/11
18h – Palestra na Unidade de Saúde São Roque
Dia 21/11
7h30 às 11h30 – Oferta de consultas e testes rápidos na ESF Eucaliptos
Dia 23 e 24/11
14h30 – Palestra na Isabela Alimentos
Dia 25/11
12h30 – Palestra SCA
Dia 27/11
8h15 – Palestra na Unidade de Saúde São Roque
Dia 28/11
8h às 11h – Oferta de consultas médicas, testes rápidos e palestras para homens na UBS Central
Reportagem: Priscila Pilletti
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