Michelle Bolsonaro assumirá o PL Mulher e deve ganhar salário de R$ 33,7 mil

Segundo interlocutores do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, a ideia é que Michelle e o ex-candidato a vice-presidente Walter Braga Netto preparem o terreno para as eleições municipais de 2024, buscando novos apoiadores e reforçando a fidelidade dos atuais

Foto: Alan Santos/PR

A ex-primeira-dama do Brasil Michelle Bolsonaro deve assumir o PL Mulher nos próximos dias e embarcar em uma série de viagens pelo país. Segundo interlocutores do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, a ideia é que Michelle e o ex-candidato a vice-presidente Walter Braga Netto preparem o terreno para as eleições municipais de 2024, buscando novos apoiadores e reforçando a fidelidade dos atuais.

Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, queria que Bolsonaro participasse das viagens, porém, o ex-presidente continua nos Estados Unidos, sem uma data certa para retorno. Em entrevista a um jornal americano, Bolsonaro afirmou que pretende retornar a solo brasileiro em março para “liderar a oposição” ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Como “presidente do PL Mulher”, Michelle deve receber um salário igual ao de um deputado federal (R$ 33.763,00), contudo, o pagamento só poderá ser feito depois de março, isso se o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizar um novo desbloqueio parcial das contas do partido.

Em dezembro de 2022, o ministro determinou o desbloqueio de R$ 1,155 milhão do PL para o pagamento dos funcionários. O bloqueio das contas da sigla foi decidido por Moraes em novembro, para o pagamento de uma multa de R$ 22,9 milhões por questionar o resultado da eleição presidencial — a decisão foi tomada após o PL pedir uma verificação do resultado do segundo turno nas eleições sem apontar fraudes.

O ex-presidente Bolsonaro também irá receber um salário (R$ 39 mil), além de um gabinete na sede do partido em Brasília.

Candidata?

No início de fevereiro, Michelle utilizou das redes sociais para afirmar que não seria candidata a cargos públicos nas eleições de 2026. “Oposição, fiquem tranquilos. Eu não tenho nenhuma intenção de vir candidata a nenhum cargo eletivo”, escreveu.

O nome da ex-primeira-dama é cotado para disputar o governo do Distrito Federal, ou como senadora, tanto por São Paulo – onde teria apoio do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) – quanto pelo Rio de Janeiro – lugar que contaria com apoio das igrejas evangélicas.

Fonte: Gaúcha ZH