Mitos e verdades sobre AVC

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) acontece de várias formas e situações, portanto, há muitos mitos e verdades sobre o tema. Para esclarecer este assunto, o especialista em Cirurgia Vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia, Cirurgia Vascular e Endovascular e responsável pelo Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital do Coração Dr. Gilberto Narchi Rabahie explica o que é mito ou verdade.

 


Imagem: Revista Circuito

 

O AVC é grave?
Verdade. Sim, o acidente vascular pode ser classificado entre leve, moderado ou grave de acordo com a severidade e duração dos sintomas e sequelas.

 

Acontece somente depois dos  40 anos?
Mito. O acidente pode ocorrer com crianças e adolescentes também, porém, com a idade, a condição clínica piora devido aos fatores de risco envolvidos (aterosclerose, diabetes e hipertensão arterial).

É a doença que mais mata no Brasil?
Verdade. As doenças cardiovasculares são as primeiras causas de óbitos no Brasil, e incluem infarto do miocárdio e AVC.

 

É possível voltar à rotina normalmente?
Verdade. Porém, depende do grau de acometimento cerebral. Existe AVC que praticamente não deixa sequelas, e outros, mais raros que são incapacitantes.

 

Ocorre apenas uma vez em uma só pessoa?
Mito. É possível que o AVC aconteça mais de uma vez no mesmo paciente.

 

Exercício diminui o risco?
Verdade. Assim como não fumar tabaco e ter controle de hipertensão arterial, diabetes e dislipidemias. Hábitos saudáveis serão sempre bem-vindos para a qualidade de vida e para evitar um AVC. 

As chances de cura são pequenas?
Mito. A possibilidade de cura aumenta de acordo com o diagnóstico. Quanto antes ocorrer o diagnóstico e iniciar o tratamento específico, menores as chances de sequelas.

 

A dificuldade de movimentação é um sintoma?
Verdade. A dificuldade de movimentação de braço ou perna do mesmo lado do corpo (hemiparesia) e, até mesmo a alteração da fala (dislalia) e de consciência é um sinal do derrame.

 

A trombofilia tem relação com a doença? 
Verdade. Alguns casos específicos de AVC podem ser atribuídos à trombofilia, portanto, se houver histórico familiar de trombofilia ou se o próprio paciente já teve algum episódio de trombose, sem motivo claro aparente, é recomendado analisar com um profissional.