Montanha dos Vinhedos será autossustentável

Não é só dentro de campo que a diretoria do Esportivo está se mexendo. Além de pensar no time de futebol e na melhoria do gramado, os dirigentes estão iniciando a implantação de um projeto ousado, que visa tornar o Estádio Montanha dos Vinhedos autossustentável. Sistema de captação de água da chuva, utilização de energia solar e um plano de gerenciamento de resíduos sólidos estão entre as novidades a serem implantadas gradativamente no estádio. A previsão é que as mudanças sejam iniciadas já no segundo semestre deste ano.

De acordo com o presidente do Esportivo, Oscar Cobalchini, o objetivo principal é reduzir consideravelmente o consumo de água e energia no complexo da Montanha dos Vinhedos. Para isso foi solicitada a consultoria do engenheiro ambiental da Fundação Proamb, Evandro Schweig, idealizador de todo o projeto de sustentabilidade do estádio. O presidente afirma que o custo total das obras será de aproximadamente R$ 100 mil, por isso as ações serão realizadas de forma gradativa, aproveitando o que já está pronto na atual estrutura.

A parte mais difícil do projeto é a que cuida da captação e utilização da água. Cobalchini explica que a água da chuva deve ser coletada. A idéia é instalar um sistema na área coberta sobre a social e as arquibancadas, numa extensão de 1.200 metros quadrados. A água captada neste ponto seria direcionada para um reservatório, com capacidade para receber até 300 mil litros. O produto coletado seria utilizado para regar o gramado e também na limpeza das salas e espaços do interior do estádio, gerando uma economia de até 30% em relação ao consumo de hoje. Além disso, o projeto prevê a substituição das torneiras atuais, que funcionam com o sistema de manopla, que proporciona um grande desperdício de água. Neste ponto serão instalados sistemas inteligentes de acionamentos hidráulicos, obtendo assim uma redução significativa no consumo de 3 a 4 litros por minuto. O mesmo deve acontecer com os chuveiros, onde serão instalados moduladores de vazão, que permitem o controle do fluxo de água. Para todas estas alterações, a estimativa é de um gasto em torno de R$ 50 mil.

Numa segunda etapa, mais a longo prazo, o dirigente pretende instalar placas de captação de energia solar, visando a autonomia do estádio também na questão de energia elétrica. O ideal seria a colocação de módulos fotovoltaicos, como os que serão instalados nos estádios para a Copa do Mundo, mas o investimento neste tipo de equipamento é muito alto para a realidade atual do Esportivo. Desta forma, Cobalchini pretende fazer o projeto com os modelos utilizados em residências, que tem um custo mais reduzido. 

Marcelo Maciel

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