O início da construção de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) na rua Amália Ferrari, no bairro Vila Nova 2, está preocupando a vizinhança. Há cerca de 15 dias, iniciaram as escavações que integram o cronograma inicial da obra. Desde então, os moradores de uma das casas, localizada nos fundos do terreno, alegam que a estrutura começou a ceder e apresentar rachaduras.
Na residência moram cinco pessoas, sendo três no andar superior e outras duas no porão, que é alugado. Hermeto e Amália Ebone, pais da proprietária do imóvel, mostram-se preocupados com a situação. “A gente não consegue nem mais dormir de noite”, conta Amália.
O andar superior da casa é composto por duas partes, uma de madeira e outra de alvenaria. Segundo eles, depois de iniciada a obra, as duas áreas começaram a se separar. Em alguns pontos, a distância formada tem um dedo de largura. O temor é que a construção possa desmoronar. “Ninguém diz nada, se pode ou não permanecer na casa ou se é melhor ir temporariamente para outro lugar”, comenta Hermeto. A família já começou a pesquisar alguma casa para alugar caso seja preciso desocupar o imóvel, mas reclama da falta de posicionamento dos órgãos competentes sobre os riscos de permanecer no local.
Sem risco
De acordo com o engenheiro da prefeitura Simão Carraro, que esteve no local, não haveria risco de desmoronamento. As fissuras apresentadas, segundo ele, aparentam terem sido causadas por problemas na construção da moradia. “Há casas mais próximas da obra e que não apresentaram problemas”, diz Carraro.
Os moradores também questionam a profundidade das escavações. O engenheiro explica que esta etapa foi necessária para que as fundações fossem colocadas em um solo mais firme, o que evitaria problemas futuros.
A obra custará R$ 554 mil e está sendo executada pela empresa Construmolde. A contratada já foi notificada e está monitorando a situação da casa. Eventuais danos a residências, conforme o Poder Público, são de responsabilidade da empreiteira. À prefeitura, caberia apenas a fiscalização da execução.
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