Motivos para passar o final da gravidez no inverno
Você já imaginou passar o final da gravidez longe dos enjoos e de outros sintomas típicos dessa fase? E se com isso viesse também a possibilidade de reduzir a oleosidade da pele e as quedas na pressão? Então, que tal se programar para passar os meses finais da gravidez no inverno?
O inverno provoca alterações hormonais e fisiológicas que amenizam alguns sintomas típicos do final da gravidez, deixando o período mais agradável. “Baseado na minha experiência clínica posso dizer que 80% das mulheres preferem passar o final da gravidez na estação fria, pois enxergam vantagens em relação ao calor excessivo e ao desconforto comuns no verão”, explica o ginecologista Abner Lobo Neto, do Programa de Pré-Natal personalizado da Unifesp. A seguir, o especialista explica por que passar a fase final da gravidez no inverno pode ser uma ótima opção.
Nada de enjoos
Embora o enjoo não esteja diretamente ligado à temperatura, no inverno percebe-se certa diminuição do sintoma em função da ausência do calor excessivo típico do verão que provoca a queda de pressão arterial. “O enjoo é uma consequência de uma série de transformações que ocorrem na vida de uma gestante, porém, o clima quente aumenta a sensação de desconforto que não ocorre no inverno”, explica Neto. Mas vale o alerta: se por um lado a gestante fica longe do enjoo e da queda de pressão arterial no inverno, que tanto incomoda, por outro está mais propensa a ter hipertensão.
Pele oleosa nem pensar
No inverno os poros da nossa pele ficam mais contraídos e transpiramos menos, por isso, a pele fica menos oleosa e mais bonita do que no verão. Mas é preciso evitar o ressecamento e rachaduras da pele, típicos da estação. “No inverno, as grávidas se sentem aliviadas por não ter que ficar lavando o rosto de cinco em cinco minutos por causa da oleosidade. Porém, é preciso cuidados como beber bastante água, além de aplicar hidratante e protetor solar para não ficar com a pele ressecada”, explica o ginecologista.
Cadê o inchaço?
Com a diminuição da dilatação dos vasos sanguíneos no inverno, há uma melhora significativa na circulação das gestantes fazendo com que o inchaço, típico dessa fase, desapareça ou diminua trazendo alívio para as futuras mamães. “Se tem uma coisa que incomoda as gestantes é o inchaço, que faz com que elas se sintam gordas e desconfortáveis”, afirma o ginecologista. “Além da questão estética, o inchaço traz outros transtornos como roupas apertadas, sapatos que não servem e sensação de desconforto ao andar. Ficar livre dele é um dos principais ganhos para quem passa a fase final da gravidez no inverno”.
Afaste a desidratação
Os casos de desidratação são menores durante o clima frio em função do menor gasto calórico (o organismo faz um estoque de energia para manter o corpo aquecido) e da pouca perda de líquidos, se comparado ao verão. “No verão, as gestantes acabam ingerindo menos água do que o necessário para compensar a perda natural da estação quente. Já no inverno não há este problema porque gastamos menos nossas reservas líquidas”, diz o ginecologista.
Vá de meia!
Outro ponto muito positivo para as gestantes é a possibilidade de aumento do uso de meias elásticas que evitam o surgimento de varizes e vasinhos. “As mulheres deixam de usar meias no verão, mas no inverno usam mais meias como forma de aquecer o corpo”, explica Neto.
Xô insônia
As gestantes, em geral, sentem mais sono do que as outras mulheres que não estão esperando bebês. E no inverno a qualidade do sono fica melhor. “As gestantes sentem mais calor e por isso não conseguem dormir bem no verão, enquanto no frio o quarto fica mais arejado e a sensação de mal-estar diminui”, afirma o ginecologista.
Sem alergias e brotoejas
Outro desconforto que quase desaparece durante a gestação na estação fria é a ocorrência de alergias e brotoejas na pele. No verão, elas são bastante comuns em função do atrito somado à transpiração nas dobras e regiões mais escondidas do corpo, como as axilas e região interna das coxas, provocando ardor e coceira.
Livre de manchas
Sem sol e a intensa radiação solar, as grávidas suam menos e por isso perdem menos líquido, evitando a desidratação e o desconforto e, além disso, longe dos raios intensos, há menor incidência de manchas e lesões de pele. “As manchas na pele durante a gestação ocorrem devido às mudanças hormonais, porém, o inverno ameniza este problema, já que a exposição solar é menor do que no verão, quando ir à praia e piscina é comum”, explica. Mas isso não isenta o uso diário de protetor solar, fator fundamental para prevenir o aparecimento e escurecimento das manchas na pele.
Por Natalia Do Vale
Fonte: Minha Vida
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