Motorista da Fiorino e policiais são indiciados

A Polícia Civil indiciou três envolvidos no incidente que resultou nas mortes de Danúbio Cruz da Costa, 20 anos, e Anderson Stiburski, 16, ocorridas no dia 16 de março, durante uma tentativa de abordagem da Brigada Militar.

O motorista da Fiorino, onde as duas vítimas estavam no compartimento de cargas, e os dois policiais militares que teriam atirado contra o veículo após a fuga foram indiciados por dolo eventual (quando a pessoa assume o risco). Os brigadianos responderão também por dois homicídios (Anderson e Danúbio) e duas tentativas (motorista e caroneiro da Fiorino). Já o motorista do veículo, também foi indiciado por dois homicídios e uma tentativa (caroneiro). O adolescente de 15 anos que estava na carona no compartimento destinado a passageiros não foi indiciado. As primeiras conclusões da investigação foram divulgadas pelo delegado responsável pelo caso, Álvaro Pacheco Becker, titular da 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP), em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, dia 30.

Em relação à arma encontrada por peritos do Instituto Geral de Perícias (IGP) no compartimento de carga da Fiorino, o delegado esclareceu que um possível equívoco na fabricação faz com que existam duas armas idênticas, com a mesma númeração, ambas já em poder da Polícia Civil. Existem quatro prováveis donos da arma encontrada na Fiorino, que estão sendo investigados. Laudo preliminar do IGP apontou que não foram disparados tiros de dentro da carroceria, o que não exclui a possibilidade de que eles tenham partido da cabine do veículo.

Os laudos do IGP ainda não foram entregues à Polícia Civil. Segundo o próprio delegado, há dificuldades técnicas relacionadas a um problema em um dos equipamentos. Como o inquérito é baseado na atitude do motorista e na conduta dos policiais, os resultados não devem interferir na investigação. O delegado confirmou, no entanto, que não havia impressões digitais na arma.

Procurado pela reportagem do SERRANOSSA, o comandante do 3º Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (3º Bpat), major José Paulo Marinho, disse que a Brigada Militar se manifestará sobre o incidente somente após a conclusão do Inquérito Policial Militar que está sendo conduzido pela corregedoria-geral da corporação de forma paralela ao inquérito da Polícia Civil.

Você confere a cobertura completa sobre o caso na edição impressa da próxima sexta-feira, dia 2.

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