Nathanael Jochem Keller, 22 anos, apresentou-se na 1ª Delegacia de Polícia de Caxias do Sul na manhã desta sexta-feira (21). Ele é investigado por atropelar quatro pessoas no domingo de Carnaval, em Bento Gonçalves, resultando na morte de Sandra Letícia de Lima, 46 anos
Na manhã desta sexta-feira (21), Nathanael Jochem Keller, 22 anos, apresentou-se espontaneamente na 1ª Delegacia de Polícia de Caxias do Sul. Ele é investigado pelo atropelamento de quatro pessoas no domingo (2) de Carnaval, no bairro Vinosul, em Bento Gonçalves e estava foragido. Foi dado cumprimento à ordem de prisão preventiva, previamente decretada pela Justiça, após representação da Polícia Civil de Bento Gonçalves. Nathanael foi encaminhado ao sistema prisional. Durante o interrogatório, Nathanael afirmou que não teve intenção de atropelar as vítimas.
Segundo o delegado Rodrigo Veiga Morale, da 2ª DP de Bento Gonçalves, o inquérito foi remetido ao Poder Judiciário nesta sexta-feira, com o indiciamento de Nathanael Jochem Keller por homicídio doloso qualificado consumado (vítima Sandra Letícia de Lima) e três tentativas de homicídio qualificadas.
O atropelamento
O atropelamento aconteceu em 2 de março, na rua Ciro Cini, bairro Vinosul, em Bento Gonçalves, próximo a uma casa de festas. Câmeras de segurança registraram o momento em que Nathanael Jochem Keller atingiu quatro pessoas e permaneceu parado por 30 segundos antes de acelerar novamente e passar por cima de Sandra Letícia de Lima, de 46 anos, que faleceu horas depois no Hospital Tacchini.
Das quatro vítimas, Aline Lutieli, 41 anos, irmã de Sandra, sofreu ferimentos graves. Após semanas de internação, ela recebeu alta recentemente, mas segue em repouso absoluto, segundo comunicado da sua advogada, Gabriela S. Souza.
Nota oficial
Em nota, a advogada Gabriela S. Souza esclareceu que Aline Lutieli continua acamada, necessitando de cuidados constantes e auxílio integral de sua mãe, que se afastou do trabalho para acompanhar a recuperação. A nota também rechaça rumores sobre o envolvimento da família em atividades criminosas, classificando as informações como infundadas e inverídicas, e informa que serão tomadas providências jurídicas cabíveis.
O texto reforça que questões relacionadas à culpa ou dolo do motorista serão discutidas no âmbito judicial, respeitando a legalidade, o direito à ampla defesa e ao contraditório, uma vez que o caso ainda está na fase de inquérito policial.