Movelsul projeta R$ 300 milhões em negócios

Na tarde desta segunda-feira, 26, foi aberta oficialmente a maior feira de móveis da América Latina, a Movelsul Brasil 2012. Realizado no Parque de Eventos de Bento Gonçalves pelo Sindmóveis, o evento projeta alavancar mais de R$ 300 milhões em negócios. Lideranças da indústria moveleira, entidades, expositores e representantes do governo municipal, estadual e federal prestigiaram a abertura da feira, que também foi palco de reivindicações em prol do setor.

O presidente da Movelsul Brasil 2012, João Paulo Pompermayer, destacou os desafios de atender o consumidor do novo Brasil – a chamada classe C – que está cada dia mais exigente. “Hoje, o consumidor não visa somente o preço. Ele quer também beleza, qualidade e funcionalidade e nós estamos preparados para atender essas exigências. Temos a certeza de que iremos superar as nossas metas em número de visitantes e volume de negócios”, comentou o presidente.

A presidente do Sindmóveis, Cátia Scarton, aproveitou a presença de diversas lideranças políticas, inclusive do presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Alexandre Postal, para reivindicar algumas ações para o setor moveleiro. “Produzimos qualidade, sustentabilidade e produtos viáveis economicamente, contudo pagamos um preço muito alto em tributação. Precisamos urgentemente de financiamentos para incentivar a indústria moveleira gaúcha. O consumidor já comprou seu imóvel, eletrodoméstico e veículo com o IPI reduzido. Agora, ele quer mobiliar sua casa com menos impostos”, ressaltou Cátia, que citou ainda os altos impostos pagos pelo setor para exportar seus produtos e as dificuldades de logística, referindo-se à precariedade da RSC 470 – principal via de escoamento da produção regional.

Em seu pronunciamento, Postal garantiu que as reivindicações são válidas e que sempre estará ao lado do governo quando ações forem realizadas em prol do Estado. “Sabemos que a redução do IPI para os móveis manterá o mercado aquecido”, destacou. O deputado também afirmou que a Movelsul é uma grande vitrine de negócios.

O presidente do Banco de Desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul S.A. (Badesul), Marcelo de Carvalho Lopes – representante do governador Tarso Genro no evento –, enfatizou que o país precisa retomar sua política industrial e que o governador irá analisar as necessidades do setor para o Estado. O ministro interino de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alessandro Teixeira, salientou que a feira difunde a pró-atividade do setor, bem como o design e novos materiais, além de ser de extrema importância para a economia brasileira. “Sabemos que 59% da população brasileira fará parte da classe média do Brasil em 2014 e, por isso, temos o desafio de estar preparados para atender esse público tão exigente”, disse.

O prefeito Roberto Lunelli encerrou os discursos afirmando que a próxima Movelsul ocorrerá em um Parque de Eventos totalmente remodelado, conforme projeto apresentado recentemente, que será realizado através de uma parceria público-privada. Ele também prometeu criar programas de capacitação de mão de obra para diversos setores, inclusive para o moveleiro.

O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, que havia confirmado presença para o final da tarde de segunda, cancelou a vinda devido ao mau tempo.

IPI zero para móveis

O governo federal confirmou que vai prorrogar por mais três meses a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) com relação aos eletrodomésticos da chamada linha branca, que inclui geladeiras, máquinas de lavar roupa, tanquinhos e fogões. A medida começou a valer em dezembro de 2011 e se encerraria no dia 31 deste mês, passando a abranger novos produtos.

Foi também anunciada a redução do IPI sobre móveis de 5% para zero. O tributo que incide sobre luminárias e lustres também caiu, de 15% para 5%. Já para laminados, houve redução de 15% para zero na alíquota do imposto. O objetivo é estimular o consumo em todo Brasil. Com isso, o governo deixará de arrecadar R$ 489 milhões, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega. “A contrapartida da indústria é não cortar empregos”, disse.

Na chamada linha branca, em alguns casos, o imposto tinha sido totalmente cortado. O IPI incidente sobre o fogão foi de 4% para zero. Da mesma forma, os 10% que eram cobrados sobre os tanquinhos também caíram para zero. Sobre a geladeira, o corte foi de 15% para 5%; sobre as máquinas de lavar, de 20% para 10%.

A presidente do Sindmóveis, Cátia Scarton, se pronunciará oficialmente sobre a redução do IPI até o início da tarde de hoje, através de comunicado oficial.

 

Reportagem: Raquel Konrad

 

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