Movergs leva reivindicações a Brasília

O presidente da Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs), Ivo Cansan, e a conselheira da entidade, Maristela Cusin Longhi, participaram, na última semana, de três audiências que renderam bons resultados ao setor moveleiro.

Em encontro com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, junto a demais lideranças setoriais, houve a explanação de diversas demandas que serão, segundo Cansan, analisadas pelo governo. “Tivemos a oportunidade de explanar sobre as necessidades do setor, tratando de tributos e da preocupação com a grande oscilação do câmbio, que, ao favorecer as exportações, poderá, também, onerar os insumos importados, já que estes têm seus preços repassados quando da maior alta”, relata Cansan. “Quando há baixa do dólar, geralmente, os preços não voltam aos patamares antigos, gerando, assim, acréscimo aos preços não só dos produtos exportados, mas também, dos comercializados no mercado interno”, esclarece.

O encontro também serviu para que se ponderasse a necessidade da prorrogação do IPI por mais 90 dias, segundo Cansan. “A isenção dada em março, de 90 dias, é insuficiente para que o setor busque a recuperação, além deste tempo inicial ser pouco também para conscientizar os consumidores do ganho que os mesmos têm ao adquirir móveis, já que outros setores já vêm massificando este ganho a mais  tempo do que o moveleiro, como o caso da linha branca”, justifica. “O ministro concorda com o pleito e o defende junto ao Ministério da Fazenda e ao Governo”, pontua Cansan.

Colocou-se ainda em pauta, a preocupação quanto aos Ex-tarifários, que prejudicam as empresas importadoras de tecnologias e maquinários. “A demora para liberação dos Ex-tarifários está prejudicando a continuidade da produção e das inovações em produtos e isso é importante para que as nossas indústrias estejam equipadas com tecnologia de ponta, para produzir móveis com diferenciais competitivos”, defende. Neste caso, Pimentel prometeu analisar e resolver a questão em um prazo máximo de 15 dias, conforme Cansan.

Para o presidente da Movergs, manter o diálogo já foi um grande passo para o setor. “Precisamos lembrar o governo, sempre que possível, de nossas urgências, para que sejam atendidas”, frisa. “Encontros como esse são importantes para que se tenha agilidade e, assim, as indústrias mantenham a produtividade e ganhem competitividade”, ressalta.

Durante o encontro com o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT), para tratar do adicional do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), as lideranças setoriais presentes solicitaram que seja colocado em votação o Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 378/2006, de autoria do deputado Antonio Carlos de Mendes Thame (PSDB/SP). Este projeto fixaria um prazo de vigência para a contribuição social adicional de 10% paga pelos empregadores ao FGTS em caso de despedida sem justa causa do empregado. A cobrança foi instituída pelo art. 1º da Lei Complementar nº 110, de 2001. “Essa contribuição onera ainda mais o nosso setor produtivo”, argumenta Cansan.

O Conselho Curador do FGTS admitiu que a contribuição pode ser extinta a partir de 1º de agosto deste ano. “O que reivindicamos é a extinção desta contribuição adicional,, já que hoje vivemos um momento de pleno emprego e não temos mais a necessidade desta proteção e deste custo para nossas empresas”, declara o presidente da Movergs. 

Além disso, a entidade pleiteou a Maia para que seja colocada na pauta da Casa a questão da jornada de 40 horas semanais. “Hoje, temos a necessidade de que os funcionários do setor trabalhem, no mínimo, 44 horas semanais, devido à falta de mão de obra especializada, mesmo com tanta oferta de empregos”, sinaliza.

Por fim, na audiência com o secretário-executivo adjunto, Dyogo Oliveira, no Ministério da Fazenda, tratou-se, mais uma vez, da questão tributária, que tanto onera o setor moveleiro. “Em relação aos tributos federais, o setor moveleiro necessita que suas empresas tenham agilidade para aproveitar os créditos que sobram no caixa”, traduz Cansan.

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