MP entra com ação civil pública contra o Estado

Os promotores de justiça de Bento Gonçalves, Gilson Borguedulff Medeiros e Alécio Silveira Nogueira, ajuizaram na segunda-feira, dia 29, uma ação civil pública pedindo que o Estado do Rio Grande do Sul desative o atual presídio da cidade e construa outro. Em caráter liminar, a ação solicita que o Judiciário determine a imediata inclusão de previsão orçamentária das despesas necessárias para a construção de um novo prédio e que, em 60 dias, seja aberta licitação. A área para o novo prédio já foi disponibilizada pelo Município. 

No documento, os promotores sustentam que, diante da superlotação e ausência das condições necessárias para a regular execução da pena, conforme a legislação vigente é necessária uma nova estrutura. Segundo os promotores, ao longo do tempo, o estabelecimento tem sido palco de fugas, motins, rebeliões e incêndios, que colocam em risco a comunidade e geram insegurança no entorno. Destacando uma rebelião, ocorrida em setembro de 2012, em que houve destruição parcial das celas e risco de fuga em massa. 

Histórico

A casa foi interditada, a pedido do MP, em 2008, devido à superlotação (305 apenados para uma capacidade de 120 vagas). Conforme levantamento de março deste ano há 275 apenados, sendo a capacidade de 145 vagas. Além disso, conforme relatório da Vigilância Sanitária, desde outubro de 2012 dezenas de casos de tuberculose estão sendo investigados e há risco a presos e servidores, já que não existe cela de isolamento ou enfermaria para abrigar os apenados infectados. 

Em 2012, o Governo do Estado informou ao MP que havia verba proveniente do BNDES assegurada para o novo presídio em 2015, no valor de R$ 15 milhões. No entanto, dias depois do anúncio, houve a informação de que o prazo havia expirado. Sendo os valores perdidos e o caso reestudado. 

 

Fonte: Ministério Público

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