Mulher pula de carro após motorista de app mudar rota, no Litoral de SP

Motorista do veículo disse para jovem que a levaria a “lugar bonito para chorar melhor”

Foto: Polícia Civil e Guarda Civil Municipal de Itanhaém/Divulgação

Uma jovem de 21 anos pulou de um carro em movimento após o motorista de aplicativo, de 54 anos, desviar a rota e dizer que a levaria para “chorar em um lugar mais bonito”, em Itanhaém, no Litoral de São Paulo.

A vítima tinha acabado de ser reprovada no exame para Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de motocicleta e ficou mal após ter sido reprovada no exame. Logo depois, ela chamou um motorista por aplicativo para voltar para casa.

A mulher, que não quis ter a identidade divulgada, contou ao G1 que, ao entrar no veículo, o motorista perguntou por que ela estava triste. A jovem respondeu que havia sido reprovada no teste de direção, então o motorista perguntou se ela queria conversar sobre o assunto. Ela, no entanto, falou que não, que só queria ir para casa. O homem insistiu.

“Falei que não queria conversar e só queria ir para casa. Percebi que ele estava indo no sentido contrário do caminho onde moro. Começou a virar para ruas que não eram parte do caminho para casa e, quando olhei, ele estava subindo o morro e perguntei por que estava desviando”, conta.

Em seguida, de acordo com o relato da mulher, o motorista afirmou que estava levando a jovem para outro lugar.

“Em um tom maldoso, falou que estava me levando em um lugar bonito para chorar melhor. Na hora, só abri a porta e pulei. Saí correndo e pedindo socorro. Minha sorte foi que achei um cara com um cachorrinho. Ele (motorista) manobrou, pisou no acelerador, veio atrás de mim falando para eu voltar”, afirmou.

O homem que ajudou a vítima foi quem acionou a Guarda Civil Municipal (GCM). Os envolvidos foram encaminhados à delegacia para prestar depoimento.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) confirmou que houve registro da ocorrência. A Polícia Civil informou que o motorista é investigado, e o caso foi registrado como violência psicológica contra a mulher na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Itanhaém.