Mulher que jogou bebê teria sofrido surto

Em entrevista coletiva, na tarde de segunda-feira, dia 4, a delegada Isabel Pires Trevisan, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), relatou que já foram ouvidas pelo menos cinco pessoas na Delegacia para esclarecer de que forma a mulher, de 24 anos de idade, arremessou uma das filhas, de sete meses, pela sacada do apartamento e ainda tentou jogar a outra de apenas dois anos.

Segundo a delegada, o marido da acusada contou que ela sofre de problemas psiquiátricos e que já havia sido internada pelo menos quatro vezes por crises de surtos psicóticos. “O marido afirmou que ela não dormia fazia dois dias e que ficava perambulando pelo apartamento, bastante assustada, dizendo que sentia cheiro de morte e de sangue”, descreve. A mulher ainda perguntava ao marido se as filhas estavam vivas, mesmo estando com elas no colo. Ele ainda teria tentado interná-la, no domingo, mas não foi possível, tendo ela apenas sido medicada e liberada. “Ele contou que, pela manhã, quando estava cochilando, escutou um barulho, possivelmente no momento em que a primeira filha foi arremessada. Ao ir até a sacada, presenciou ela tentando jogar a segunda, que se segurou na grade”, relatou a delegada. O pai ainda declarou que a mulher nunca havia sido agressiva com as crianças.

A acusada permanece internada no Hospital Tacchini, sob custódia da Brigada Militar e somente será ouvida pela polícia, após ser liberada pelos médicos. Ela passou por exames durante o dia e será internada na ala psiquiátrica do hospital. O bebê permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica e seu estado de saúde é considerado regular. A menina de dois anos foi entregue para familiares.

Prisão

A mulher está sendo acusada de dupla tentativa de homicídio e ao sair do hospital será conduzida ao Presídio Estadual de Bento Gonçalves. Conforme Isabel, o tempo em que ela permanecerá na penitenciária será decidido pelo judiciário. “Estaremos investigando todas as circunstâncias e queremos ouvi-la”, conta. Ainda segundo a delegada, ao ser questionada no hospital, a mulher não aparentava entender o que estava acontecendo. 

 

Reportagem: Katiane Cardoso

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