Na primeira fase da operação, intitulada La Lumière, o criminoso foi preso
Uma mulher de 25 anos foi presa na manhã desta sexta-feira, 26/05, em Porto Alegre, pelo crime de exploração sexual infantil. De acordo com a investigação, ela permitia que a própria filha, uma bebê, sofresse abuso sexual, em troca de dinheiro.
Segundo a delegada da 1ª Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente, Camila Defaveri, a mulher se envolveu com um criminoso que realizava esse tipo de oferta pela internet.
De acordo com a delegada, os abusos ocorriam desde quando a criança tinha poucos meses de vida. Hoje, a criança tem 1 ano e 8 meses.
“Essa mãe, que atua como garota de programa, esteve em relacionamento com ele (criminoso) por dois anos, inclusive, trabalhou na empresa dele. A criança foi encaminhada para perícia psíquica e verificação de violência sexual ao Instituto-Geral de Perícias. Há suspeita de que a mãe da mulher também se beneficiava financeiramente da exploração da neta”, afirma a delegada.
Ainda de acordo com a investigação, o homem contatava mães, preferencialmente de meninas de até 12 anos, e apresentava até mesmo uma tabela de preços, com figuras de como seria cada tipo de abuso.
Além dos contatos pela internet, o criminoso também se aproximava de mulheres em ONGs e instituições de amparo, sempre propondo encontros e abusos e prometendo pagamento imediato, por meio de Pix. Após combinados os valores, os encontros ocorriam em hotéis ou em uma das residências do abusador em Imbé, no Litoral Norte.
Na primeira fase da operação, intitulada La Lumière, o criminoso e outra mulher foram presos. Na casa, localizada à beira-mar, foram apreendidos diversos instrumentos sexuais, medicamentos calmantes de venda controlada, possíveis dopantes, entre outros itens.
A partir de históricos de conversas encontrados em celulares e computadores apreendidos, foi deflagrada a segunda etapa da operação, em 17/05, em que outras duas mães também foram presas.