Mulheres são mantidas em cárcere em Farroupilha

Ocorrência apresenta duas versões, uma repassada pela Brigada Militar e, outra, pela Polícia Civil, que afirma não ter sido cometido o crime de cárcere

Foto: Reprodução/WhatsApp

Mãe e filha foram mantidas sob cárcere por duas mulheres e um homem em um apartamento localizado na rua Itacir Raimundo Zatti, bairro Primeiro de Maio, na manhã desta terça-feira, 21/12, em Farroupilha. Conforme informações da Brigada Militar, as vítimas trabalhavam como trader financeiro e os autores do crime pertenceriam a uma família que teria investido um valor e não obteve retorno.

Após recebimento das informações, a BM tentou contato com os proprietários da residência. Sem respota, efetuou o isolamento do local e acionou o BOPE BM, para negociar a liberação das vítimas. Diante de mais uma tentativa frustrada, a equipe do BOPE entrou na residência, apenas arrombando a porta de acesso ao apartamento.

Após negociações, as vítimas foram liberadas sem nenhuma lesão. Já os autores receberam voz de prisão e foram apresentados na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Farroupilha.

Na delegadia, por entendimento da autoridade policial, foi confeccionado registro de exercício arbitrário das próprias razões (fazer justiça pelas próprias mãos). Duas crianças, encontradas no local, ficaram aos cuidados de uma tia, com o conhecimento da autoridade policial e Conselho Tutelar. O veículo das vítimas foi apreendido por haver um mandado de busca e apreensão do PJ/SP.

Outra versão

Em entrevista à rádio Spaço FM, entretanto, o delegado de Farroupilha Éderson Bilhan afirmou que não houve cárcere privado. Isso porque, segundo ele, os policias foram recebidos pelas próprias vítimas, que estariam na sala do apartamento, enquanto o casal autor do possível crime estaria dormindo.

Durante a entrevista, o delegado afirmou que as vítimas vieram de São Paulo a convite do casal para realizar uma operação financeira de forma on-line, de dentro do apartamento, até conseguir um montante de dinheiro que pagasse o que teriam repassado a elas para investimentos.

O delegado declarou, ainda, que a operação é muito complexa e que ainda não está concluída. .