Na contramão da crise, Bento fecha menos empresas em 2020
Os prejuízos econômicos causados pela pandemia do novo Coronavírus seguem sendo contabilizados em todo o país. Apesar dos resultados negativos, Bento Gonçalves apresentou um dado otimista no primeiro semestre deste ano: uma redução de 14,6% no fechamento de negócios. Foram 465 empresas fechadas em 2019 e 397 em 2020. Dessa forma, o saldo de novas empresas permanece estável, com 556 empresas em 2020 e 609 em 2019.
"Apesar de termos projetado uma queda na abertura de novos empreendimentos devido à pandemia, os dados ainda nos deixam otimistas. Com a redução do número de estabelecimentos fechados em meio à crise, comparado ao ano passado, podemos analisar que muitas pessoas têm buscado novas alternativas de empreender", salienta a secretária da pasta, Milena Bassani.
Por outro lado, houve queda no número de abertura de empresas no município. No primeiro semestre foram abertas 953 novas empresas – uma redução de 11% em relação ao mesmo período de 2019.
O mesmo cenário se observa em todo o país. De acordo com levantamento da Serasa Experian, somente em abril a queda na abertura de novos negócios foi de 25,7%. No total, foram abertas 194,8 mil empresas no mês, sendo 84,7% na categoria de microempreendedor individual (MEI).
A maior parte das novas pessoas jurídicas é do setor de serviços (68,9%) e está na Região Sudeste (51,1%). A Região Sul foi a segunda em número de novos negócios, com 17,6% do total, seguida pelo Nordeste, com 15,8%.
Mudanças no modelo de distanciamento
O prefeito Guilherme Pasin, juntamente com a Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne), irão apresentar nesta semana ao governo do Estado uma proposta para flexibilização do Modelo de Distanciamento Controlado. O objetivo é promover a retomada gradual da economia, seguindo com os regramentos para conter a disseminação do Coronavírus.
"O modelo de distanciamento controlado é importante e cumpriu seu papel. Ele oportunizou aos Municípios a compreensão das bandeiras como uma sinaleira da gravidade da situação. Mas, é preciso compreender a realidade local. Precisamos trabalhar com a realidade de cada localidade, com controle e regras", destaca Pasin.
Foto: Rodrigo Parisotto