No inverno, a preocupação com doenças é grande. Principalmente no caso dos bebês, que têm um sistema imunológico mais frágil. “As crianças nascem com alguns componentes de defesa e outros são constituídos com o passar dos anos, é o que chamamos de imunidade adaptativa ou adquirida”, explica a imunologista e alergista Fátima Rodrigues.
Já nos primeiros meses de vida, a criança começa a entrar em contato com possíveis causadores de alergias, como ácaros e poeira doméstica. A reação mais comum, segundo especialistas, são as alergias na pele, como a dermatite de contato, e alergias respiratórias, como bronquite e asma. Portanto, todo lugar que os acumula pode representar um risco para a saúde, inclusive as roupas de frio. “É importante verificar se o material do qual as peças são feitas pode ser prejudicial às crianças”, alerta a dermatologista Samar Harati.Confira os principais tecidos e quais os cuidados necessários para evitar problemas.
Lã
Esse material tem dois problemas principais: é muito felpudo – solta muitos fiapos, que podem irritar as vias aéreas do bebê – e contém espaços entre as tramas, favorecendo o acúmulo de poeira e ácaros. O ideal é evitar a utilização dele em bebês. Caso já tenha alguma peça de lã, como cobertores, cachecóis e casacos, vale tomar cuidados especiais. “As roupas de lã devem ser secas ao sol e guardadas em sacos plásticos individuais”, ressalta a dermatologista Samar. Outra dica é preferir os tipos menos felpudos.
Soft
Comum para cobertores e casacos, esse tecido geralmente é contraindicado por ser bem felpudo, o que favorece o acúmulo de poeira e ácaros. Lavar as peças semanalmente ajuda a minimizar os problemas.
Flanela
Esse tecido é muito versátil para o inverno e pode ter várias composições, sendo mais indicadas as que contêm algodão. “As fibras sintéticas podem irritar a pele da criança, já o algodão seca mais rapidamente e acumula menos alérgenos”, diferencia a imunologista e alergista Fátima Rodrigues.
Moletom
Para a dermatologista Samar, o moletom é o melhor dos tecidos para as crianças no inverno. “Ele não possui linhas para acumular pó e ácaros, diminuindo os riscos de alergias, e permite que o bebê fique quentinho”, detalha. O tecido muitas vezes é feito com 100% de algodão, o que facilita sua lavagem, outro ponto positivo desse tipo de material.
Plush
A principal característica do plush, tecido usado em cobertores e casacos, é ser mais fofo e bem parecido com uma pelúcia. Por isso mesmo, é o local perfeito para acúmulo de poeira e ácaros, como nos lembra a imunologista Fátima Rodrigues. Para minimizar eventuais problemas e evitar irritações, o ideal é lavar a peça semanalmente e, na hora da compra, verificar na etiqueta qual a composição do tecido: quanto maior a porcentagem de algodão e menor a de poliéster, melhor para os pequenos.
Veludo
Um tipo clássico, quente e interessante para peças como calças. O único problema são as penugens curtas na superfície, que caracterizam condições ideais para o acúmulo de poeira e ácaros, precisando ser lavado com bastante frequência.
Roupas dos pais
Tão importante quanto as peças das crianças são as roupas dos pais, já que os bebês entram em contato com esses materiais no dia a dia, quando são pegos no colo, por exemplo. Como os itens de inverno ficam guardados ao longo das outras estações, é preciso retirá-los dos armários com antecedência e adotar cuidados especiais durante a lavagem. “Para ter uma higiene adequada, é importante evitar produtos com perfumes fortes, preferir sabões neutros, lavar e enxaguar várias vezes o tecido e fazer secagem da roupa em ambiente ventilado, para não acumular mofo”, explica a imunologista Fátima.
Fonte: portal Minha Vida
(www.minhavida.com.br)
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