Não deixe a escola transformar o seu filho em um idiota

Eu estava na 5ª série quando aprendi a odiar os Estados Unidos. Recordo com exatidão o discurso inflamado de uma professora na época. Ela culpava o governo estadunidense pela pobreza no mundo e atribuía a falta de estrutura do Brasil aos juros absurdos cobrados por eles em função da nossa dívida – dívida que, segundo ela, não deveria ser paga.

Já no Ensino Médio, o enfoque dos ataques não mudou. Todos os anos algum professor se mostrava fervoroso à crença de que só não existia igualdade no mundo por conta do capitalismo desenfreado criado pelos EUA e todo empresariado que explorava os trabalhadores de bom coração.

Na faculdade, cansei de ver os alunos serem reunidos no auditório para ouvir o pessoal dos direitos humanos. Eles sempre davam um jeito de dar uma cutucada nos opressores que não queriam a igualdade e nem estavam dispostos a sacrificar suas riquezas por ninguém.

Foi assim que eu aprendi a odiar os Estados Unidos, os empresários, o capitalismo e, mais tarde – quando deixei de ouvir esses idiotas –, a odiar todos aqueles que, ao invés de me ensinarem, tentaram me corromper para ser como essas amebas que hoje vemos nas universidades do Rio Grande do Sul e chamamos carinhosamente de alunos.

Nunca nenhum professor me explicou sobre o livre mercado, sobre como a relação capitalista de produção envolvia culturas e permitia o desenvolvimento do potencial humano. Nunca nenhum de meus professores se opôs aos seus colegas que insistiam sobre como nós, alunos, deveríamos odiar os “exploradores” capitalistas. Por quê?

Enquanto a esquerda brasileira crescia devido ao pouco desenvolvimento político de nosso país, a direita se acovardou. Durante os anos, enquanto o pessoal da esquerda batia no peito e saia às ruas, a direita se escondeu. O resultado desse “acadelamento” reflete, mesmo hoje, em um período no qual fica claro que a esquerda não só falhou como quase enterrou a América Latina – assim como fez em outros lugares do mundo por onde passou.

Sempre que alguém vier lhe falar sobre a igualdade, pergunte o que ela faz pela igualdade. A igualdade é um delírio que começa na imposição de tirarmos de alguns e darmos aos outros. A igualdade através do controle é a forma que os fracassados encontraram de se sustentarem. A igualdade que prega o asqueroso Lula é a mesma que o faz gastar com jatinhos particulares e hotéis cinco estrelas.

Vejam o jornal impresso como exemplo. O pigmento da tinta provavelmente tenha sido feito na Índia, o papel deve ter origem chinesa. Provavelmente, as engrenagens da máquina que o prensou foram feitas por trabalhadores no oriente, assim como o projeto desta máquina foi desenvolvido na Europa e Estados Unidos. Milhares de pessoas, de diferentes culturas, com diferentes crenças trabalharam para que o jornal pudesse estar em suas mãos. Essas pessoas provavelmente se odiariam se pudessem conversar, no entanto, ainda assim, juntas elas produzem e cooperam para o avanço da sociedade mundial.

Caso você esteja lendo isso na internet, então creio nem precisar mencionar os milhares de cérebros e mãos que tornaram essa tecnologia possível.

Bem, essa é a base mais sólida que a humanidade já criou. O livre mercado tem suas falhas, mas, entre todas as formas de convivermos, até hoje a produção através da livre potencialidade foi a forma mais digna que encontramos para vivermos.

Por isso, pais, cuidado com o que seus filhos estão aprendendo nas escolas. Questione sobre o que o professor ensina sobre o mercado, os países de primeiro mundo e a forma com que falam sobre igualdade. Não deixe seu filho se tornar o idiota de amanhã. Ensine-o que culpar os outros é coisa de fracassados.

O Brasil e o mundo agradecem.